Depois do minério de ferro, agora é o pão de queijo mineiro que vai desembarcar na China, este mês, na expectativa de conquistar lugar nas relações do estado com seu maior parceiro comercial na Ásia. A própria presidente Dilma Rousseff será a garota-propaganda da iguaria produzida na fábrica de Contagem, na Grande Belo Horizonte, pela Forno de Minas Alimentos, uma das 10 empresas convidadas para apresentar aos chineses, dia 12, alimentos e bebidas típicas do Brasil, como parte da visita da comitiva brasileira ao país asiático. As outras organizações são a Brasil Foods, Seara-Marfrig, JBS, Vinícola Miolo, Predilecta, Novo Mel, Sufresh, Agrofood – Café Machado e a transportadora Figwal.
O Itamaraty organiza o almoço que será oferecido pelo governo brasileiro a 800 convidados entre autoridades e empresários dos dois países no Hotel China World Summit Wing, em Pequim. Para a Forno de Minas, a degustação abre oportunidade especial de fortalecer uma política de exportações implementada desde meados de 2009, quando a família Mendonça e o sócio Vicente Camiloti retomaram a marca, que havia sido vendida 10 anos antes à norte-americana Pillsbury.
O diretor-presidente da empresa, Hélder Couto Mendonça, já confirmou presença na comitiva brasileira, informou, ontem, a assessoria de imprensa da Forno de Minas. O convite foi feito pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com uma produção de 800 toneladas mensais da receita de pão de queijo criada pela matriarca da família, dona Dalva, a Forno de Minas fez a sua primeira investida no mercado americano e neste ano iniciou embarques para Portugal.
Mais divulgação
A falta de investimentos na divulgação dos produtos brasileiros na China impõe uma das maiores dificuldades à participação do país e de Minas Gerais nas compras gigantescas da locomotiva asiática, segundo Tang Wei, diretor-geral da Câmara Brasil China de Desenvolvimento Econômico, com sede em São Paulo. O executivo chamou a atenção de profissionais da área de comércio exterior de diversas empresas com quem se reuniu ontem em Belo Horizonte, em seminário promovido pelo World Trade Center (WTC), instituição mantida na capital mineira.
“Recebemos delegações de investidores da China toda semana em São Paulo e são pouquíssimas as referências a Minas Gerais. Quando elas são feitas, se limitam à indústria da mineração no estado”, afirmou Tang Wei. O executivo da Câmara Brasil China de Desenvolvimento afirmou que a divulgação dos produtos brasileiros no mercado chinês tem de ser organizada como política permanente e investimento de longo prazo. “Chinês é igual o mineiro. No começo, desconfia de tudo e antes de fechar negócio tem de fazer amizade com o parceiro comercial”, disse.
A visão de Tang Wei sobre as perspectivas de o Brasil incrementar as exportações para a China e atrair investidores do país parte do pressuposto de que a economia e a política do governo do gigante asiático estão mudando. A superávit da balança de comércio do país tende a diminuir, no raciocínio do executivo, para ceder espaço a ida às compras dos chineses.
Jorge Duarte de Oliveira, diretor da Central Exporta Minas, instituição que tem se dedicado a incrementar as relações comerciais com o exterior, concorda com Tang Wei. “Não se trata de um mercado fácil de se conquistar, mas precisamos ser mais agressivos”, afirma Oliveira. Entre as perspectivas do Brasil na China, os executivos destacam o processamento de produtos agrícolas, máquinas e equipamentos de alta tecnologia e serviços de engenharia e construções.
O Itamaraty organiza o almoço que será oferecido pelo governo brasileiro a 800 convidados entre autoridades e empresários dos dois países no Hotel China World Summit Wing, em Pequim. Para a Forno de Minas, a degustação abre oportunidade especial de fortalecer uma política de exportações implementada desde meados de 2009, quando a família Mendonça e o sócio Vicente Camiloti retomaram a marca, que havia sido vendida 10 anos antes à norte-americana Pillsbury.
O diretor-presidente da empresa, Hélder Couto Mendonça, já confirmou presença na comitiva brasileira, informou, ontem, a assessoria de imprensa da Forno de Minas. O convite foi feito pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com uma produção de 800 toneladas mensais da receita de pão de queijo criada pela matriarca da família, dona Dalva, a Forno de Minas fez a sua primeira investida no mercado americano e neste ano iniciou embarques para Portugal.
Mais divulgação
A falta de investimentos na divulgação dos produtos brasileiros na China impõe uma das maiores dificuldades à participação do país e de Minas Gerais nas compras gigantescas da locomotiva asiática, segundo Tang Wei, diretor-geral da Câmara Brasil China de Desenvolvimento Econômico, com sede em São Paulo. O executivo chamou a atenção de profissionais da área de comércio exterior de diversas empresas com quem se reuniu ontem em Belo Horizonte, em seminário promovido pelo World Trade Center (WTC), instituição mantida na capital mineira.
“Recebemos delegações de investidores da China toda semana em São Paulo e são pouquíssimas as referências a Minas Gerais. Quando elas são feitas, se limitam à indústria da mineração no estado”, afirmou Tang Wei. O executivo da Câmara Brasil China de Desenvolvimento afirmou que a divulgação dos produtos brasileiros no mercado chinês tem de ser organizada como política permanente e investimento de longo prazo. “Chinês é igual o mineiro. No começo, desconfia de tudo e antes de fechar negócio tem de fazer amizade com o parceiro comercial”, disse.
A visão de Tang Wei sobre as perspectivas de o Brasil incrementar as exportações para a China e atrair investidores do país parte do pressuposto de que a economia e a política do governo do gigante asiático estão mudando. A superávit da balança de comércio do país tende a diminuir, no raciocínio do executivo, para ceder espaço a ida às compras dos chineses.
Jorge Duarte de Oliveira, diretor da Central Exporta Minas, instituição que tem se dedicado a incrementar as relações comerciais com o exterior, concorda com Tang Wei. “Não se trata de um mercado fácil de se conquistar, mas precisamos ser mais agressivos”, afirma Oliveira. Entre as perspectivas do Brasil na China, os executivos destacam o processamento de produtos agrícolas, máquinas e equipamentos de alta tecnologia e serviços de engenharia e construções.