Os preços do petróleo caíram levemente nesta terça-feira em Nova York, afetados por abundantes reservas nos Estados Unidos, enquanto o Brent alcançou um novo teto em Londres devido à continuação da violência no mundo árabe.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em maio fechou em 108,34 dólares, em queda de 13 centavos em relação a segunda-feira.
Na segunda-feira, tinha alcançado 108,78 dólares, seu nível mais alto desde setembro de 2008. Por outro lado, em Londres, o barril de Brent subiu novamente, a 122,89 dólares, teto que não alcançava desde agosto de 2008, fechando em 122,22 dólares, em alta de 1,16 dólar.
"A influência de fatores externos poderia ter se traduzido em uma alta dos preços da energia (no mercado nova-iorquino). Os mesmos fatores continuam presentes: a tensão no Oriente Médio, a situação geopolítica, mas o Brent alcançou novos níveis", comentou Rich Ilczyszyn, da Lind Waldock. "Com os aumentos (dos estoques) que se sucedem, há disponibilidade de oferta no curto prazo", completou.
Segundo Ilczyszyn, "é hora" de os preços pararem: "preços elevados do petróleo durante longo tempo teriam um efeito terrível sobre a economia". Na Líbia, violentos confrontos continuam pelo controle do porto petroleiro de Brega, no leste do país, onde os rebeldes perdem terreno. A crise influi principalmente sobre os preços do Brent, referência europeia, porque a Líbia exportava grande parte de sua produção para a Europa.
Contudo, um carregamento chegou ao terminal petroleiro perto de Tobruk, porto controlado pelos insurgentes, com o objetivo de realizar o primeiro envio de petróleo desde que as exportações do país foram totalmente suspensas.