A delegação de 237 empresários que vão acompanhar a presidente Dilma Rousseff em missão à China na próxima semana tem como objetivo abrir o mercado asiático para produtos brasileiros manufaturados. A missão é coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Desde abril de 2009, a China tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil, superando os Estados Unidos. No ano passado, a balança bilateral repetiu praticamente o superávit de 2009 para o lado brasileiro, registrando US$ 5,1 bilhões.
Para discutir uma maior participação de outras áreas das empresas brasileiros no comércio com o gigante asiático, o grupo vai participar do seminários, rodadas de negócios e reuniões com líderes chineses. Os temas incluem a ampliação do comércio bilateral, os desafios para maiores investimentos nos dois países, parcerias na exploração do petróleo brasileiro da camada do pré-sal, as dimensões do agronegócio.
Para o presidente da CNI, o aumento significativo do comércio bilateral, que saltou de US$ 2,3 bilhões em 2000 para US$ 56, 3 bilhões no ano passado, um crescimento de quase 2.500% em dez anos, implica na diversificação da pauta de exportações brasileiras. Na sua opinião, o Brasil, que tem uma indústria diversificada e produz itens de alta tecnologia, não pode se concentrar nas vendas de commodities à China, como soja e minério de ferro.
“Temos uma ampla agenda para discussão, com foco em maior acesso a mercados. Queremos que os chineses venham para o Brasil para produzir aqui e gerar empregos aqui”, assinala Robson Braga de Andrade.