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Estado de Minas

Ajuda a Portugal deve somar 80 bi de euros

Autoridades europeias trabalham em pacote, mas avisam que país precisará implantar um "ambicioso" ajuste fiscal


postado em 09/04/2011 06:00 / atualizado em 09/04/2011 07:02

As autoridades europeias trabalham em um pacote de ajuda de cerca de 80 bilhões de euros (cerca de R$ 194 bilhões) para Portugal, o qual esperam selar em meados de maio, antes do vencimento de 4,9 bilhões de euros (aproximadamente R$ 11,8 bilhões) em bônus do governo em meados de junho. Em contrapartida, as autoridades disseram que exigirão de Portugal um "ambicioso ajuste fiscal", que pode incluir privatizações e que terá de ser aprovado pelo Parlamento para que o país tenha acesso ao pacote.

O comissário econômico da União Europeia, Olli Rehn, e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, afirmaram que a ajuda deveria ficar pronta para aprovação no encontro regular de ministros de 16 e 17 de maio. O veículo de ajuda financeira da União Europeia pode disponibilizar os recursos cerca de 10 dias após o fechamento do acordo. As autoridades estão na Hungria para a reunião do Conselho Econômico da União Europeia (Ecofin), que termina domingo. O cronograma é, entretanto, complicado pela crise política provocada pelo colapso do governo no mês passado. As autoridades europeias dizem que, nessa situação, pretendem negociar a ajuda com todos os principais partidos políticos e obter uma garantia de cumprimentos dos termos acertados pelo vencedor das eleições de 5 de junho.

O comissário econômico da União Europeia, Olli Rehn, disse que o novo pacote "não pode ser exatamente" igual ao que foi rejeitado pelo Parlamento português e que causou a renúncia do primeiro-ministro, José Sócrates. Rehn, cuja equipe lidera os trabalhos de avaliação da situação fiscal de Portugal, disse que o pacote deve ficar em torno de 80 bilhões de euros, acrescentando ser necessário ainda dissecar os números antes de uma determinação final. Rehn acrescentou que possivelmente Portugal terá de adotar uma "ambiciosa" privatização de ativos para ajudar a levantar recursos a fim de diminuir o tamanho da ajuda.
 
Rehn afirmou também estar "certo" de que "uma alocação específica" de ajuda em dinheiro pode ter de ser feita para dar sustentação aos bancos de Portugal. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, observou que a instituição está pronta para ajudar. Como de costume, deu poucos detalhes sobre como o BCE faria isso.

FMI também recebe pedido por socorro

O Fundo Monetário Internacional (FMI) também recebeu pedido de ajuda financeira de Portugal e vai analisá-lo "rapidamente", anunciou nesta sexta-feira seu diretor-gerente, Dominique Strauss Kahn, em um comunicado. "Estamos preparados para avançar rapidamente nesse pedido e manter conversações com o governo português", disse o chefe do fundo.

Lisboa decidiu na quarta-feira solicitar ajuda financeira para enfrentar seu problema da dívida. Tendo resistido durante meses à pressão dos mercados, assim como de seus parceiros europeus, o premiê português, José Sócrates, justificou na quarta-feira a solicitação com a necessidade do país, após a rejeição parlamentar de seu novo plano de austeridade, o que "agravou de forma dramática a situação financeira" de Portugal, disse um porta-voz.


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