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Estado de Minas

Nove entre dez cidades que mais vão crescer estão na China


postado em 10/04/2011 09:20 / atualizado em 10/04/2011 11:21


O imigrante rural Tian Haikuan, de 53 anos, diz já ter passado fome(foto: BBC)
O imigrante rural Tian Haikuan, de 53 anos, diz já ter passado fome (foto: BBC)

Das dez cidades que terão maior crescimento econômico até 2025, nove estão na China, segundo estudo da consultoria McKinsey Global Institute. A pesquisa avaliou o peso econômico atual e futuro das cidades ao redor do mundo.

“A força econômica está, de fato, se transferindo para o sul e, de forma mais decisiva, para o leste em um processo que está sendo puxado pela China”, disse à BBC Brasil Richard Dobbs, diretor do McKinsey Global.

O estudo projeta o percentual de crescimento esperado para o período até 2025 e elabora um ranking que é liderado por Xangai e Pequim, seguidas por Nova York, em terceiro lugar.

Do quarto ao décimo lugar, todas as cidades são chinesas: Tianjin, Chongqing, Shenzen, Guangzhou, Nanjing, Hangzhou e Chengdu. São Paulo aparece em 19º.

Crescimento consolidado

A pesquisa não prevê apenas o percentual de expansão. Olha para frente e lista quais devem ser as cidades com maiores economias em 2025.

A composição desse grupo deve mudar radicalmente, segundo o instituto. Cidades do chamado mundo desenvolvido cairão do ranking para dar lugar a 136 debutantes.

Entre esses 136 “novos ricos”, 100 estão na China. Outros 13 virão da Índia, e oito da América Latina.

Com o sobe-desce do ranking, a China passará a ter 151 cidades na lista das 600. O Brasil terá um avanço mais modesto, de 17 para 18 cidades, com a inclusão da Grande São Luís.

Apesar do avanço chinês no ranking das 600 mais ricas, o topo da lista ainda é dominado por cidades do atual mundo desenvolvido. Nova York fica em primeiro lugar, seguida de Tóquio, Xangai, Londres, Pequim, Los Angeles, Paris, Chicago, região metropolitana do Reno-Ruhr, Shenzen e Tianjin.

O ranking de PIB per capita conta uma história diferente. Das 25 cidades com maior PIB per capita destacadas no relatório, apenas uma ficará na China: Macau, atrás de Oslo, Doha e Bergen, as primeiras da lista.

Da fome ao trabalho temporário

Alheio aos números, o imigrante rural Tian Haikuan, de 53 anos, da província de Hebei, trabalha como pintor de paredes em um novo conjunto de escritórios em construção na cidade.

“Não estou sabendo que Tianjin está crescendo tanto não", dsse Tian à BBC Brasil, em frente à estação central da cidade.

"Mas sei que nosso país está passando por mudanças muito grandes e tenho total confiança nos nossos líderes. Eles sabem o que é melhor para o povo chinês. Hoje como arroz ou a comida que quiser a qualquer hora. Para quem já passou fome como eu, isso é o que importa.”

Conheça os destaques entre as novas 'potências' chinesas

O fenômeno da expansão de regiões menos conhecidas da China vem despertando cada vez mais a atenção de investidores e foi analisado em um estudo recente do HSBC intitulado “Por Dentro do Motor do Crescimento”.

Segundo os autores estudo, a maioria dos analistas tende a enxergar a China como um todo em vez de ir atrás da realidade complexa de cada uma de suas províncias, municipalidades e cidades.

Entre os destaques nesse universo, está a cidade que produz mais de a metade dos PCs do mundo e outra, em uma região pobre, que terá um PIB per capita superior ao de Hong Kong em três anos.

Erdos
No oeste da China, na região da Mongólia, fica a cidade de Erdos, com 1,5 milhão de habitantes. Ela terá nos próximos anos um PIB per capita superior ao de Hong Kong, graças à riqueza gerada pelas enormes reservas de carvão e gás natural do local. É também a cidade com mais Rolls-Royce e Ferraris por habitante na China.

Huaxi
Entre os vilarejos chineses, o nível mais baixo na hierarquia administrativa, o mais rico é o de Huaxi, onde todos os 30 mil habitantes, ex-agricultores, são hoje milionários graças a uma série de empreendimentos como a fabricação de chips e geração de energia. O vilarejo está construindo um espigão de 128 andares que deverá ser o segundo mais alto do mundo e planeja ter uma frota de 20 aviões até 2015.

Chongqing
Chongqing pretende se tornar um polo de exportação, apesar da localização central. O Canal de Transporte Ferroviário Internacional Chongqing-Nova Europa vai ligar a região à Alemanha. Quando estiver concluído, o transporte de mercadorias deve levar a metade do tempo gasto hoje no transporte marítimo, segundo o governo. A cidade saiu na frente na iniciativa oficial de promover uma revolução econômica no interior do país. Tem 29 milhões de habitantes.

Tianjin
Tianjin pretende se tornar a principal base de refinamento e processamento de petróleo do país até 2015, quando deve ser concluída uma refinaria em parceria entre China e Rússia. Além disso, está criando uma cidade ecológica para 350 mil pessoas com energia solar, eólica, reaproveitamento de águas da chuva para consumo e lixo orgânico para geração de energia.

Dalian
Localizada na ponta da península de Liaodong, Dalian tem o maior porto da região nordeste e a meta de se transformar na Hong Kong do norte. Recebeu um prêmio da ONU em 2009 pela bem desenvolvida infraestrutura local. O Parque de Software de Dalian se transformou no principal pilar da indústria local.

Xi'an
Xi'an contribui com metade do PIB da província de Shaaxi. É parte do “Triângulo Ocidental” com Chongqing e Chengdu. Lidera o desenvolvimento de programas de computador e tecnologia aeroespacial na região oeste da China. Tem uma zona de desenvolvimento econômico cuja produção tecnológica é amparada em universidades que estão entre as melhores da região. Ferrovias de alta velocidade em construção vão melhorar a ligação da cidade com outras partes do país.

Zhongguancun
Pequim tem seu equivalente ao Vale do Silício. Na área de Zhongguancun, 23 empresas de alta tecnologia abriram capital em 2009, contra apenas uma no original polo na Califórnia. Outras 35 abriram capital em 2010, segundo dados preliminares.

Kunshan
A cidade de Kunshan produz mais da metade dos PCs do mundo, 85 milhões de unidades por ano. A liderança de Kunshan no ramo vem sendo ameaçada por outra cidade chinesa: Chongqing.

Suzhou
Suzhou, na província de Jiangsu, tem um PIB per capita 70% mais elevado que o de Pequim. É chamada de “paraíso na Terra” por conta de seus históricos jardins, e é uma entre apenas duas cidades no país (Lijiang é a outra) com limites para a altura de seus prédios. A força econômica vem das indústrias siderúrgica, eletrônica e tecnológica. Será ligada a Xangai por um trem-bala.

Jiangsu
A província de Jiangsu deve superar em importância econômica a de Guangdong e se tornar a maior província já no ano que vem. Cerca de 80% das empresas de Jiangsu são privadas. Segundo dados preliminares, o PIB da província cresceu 17,6% em 2010.




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