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Estado de Minas

Investir em capacitação é saída para vencer a escassez de mão de obra


postado em 10/04/2011 10:41 / atualizado em 10/04/2011 10:47

O Brasil passa atualmente por um ciclo de desenvolvimento invejável. O país experimenta situações inéditas, como o pleno emprego e um considerável encolhimento da informalidade. Mas esse ritmo de crescimento pode ser gravemente afetado pelo estrangulamento na oferta de força de trabalho qualificada. Empresários dos mais variados segmentos estão realmente insatisfeitos com os níveis de competências dos candidatos aos cargos em aberto.

A falta de mão de obra qualificada mostra a deficiência na formação e capacitação de profissionais no país. Segundo o diretor do Grupo Selpe Recursos Humanos, Hegel Botinha, especializado em recrutamento, seleção e consultoria de RH, “o país está pagando pela falta de investimentos na educação. E o mesmo ocorre na saúde e infraestrutura. O que estamos vendo é consequência da ausência de uma política estruturada de longo prazo. Seriam necessários pelo menos 15 anos de investimentos constantes, em todos os níveis de ensino”, avalia.

Ainda segundo ele, no Brasil, a qualidade do ensino e a evasão escolar são problemas sérios a serem combatidos. “Quanto menos estudo, menores são as oportunidades de emprego. Percebemos que as pessoas mais qualificadas têm mais facilidade para ingressar no mercado de trabalho e também ficam pouco tempo sem emprego.”

PARCERIAS Para vencer a escassez de talentos nesse mercado de contratações aquecido, tanto as empresas quanto os profissionais devem investir em capacitação para superar a competitividade do mercado. “As empresas que tiverem condição financeira devem investir na capacitação dos funcionários. Firmar parcerias e descontos em instituições de ensino para os funcionários. E os profissionais devem definir um norte. Entender onde tem mais competência e aptidão. E buscar o aprendizado como um investimento nele mesmo. O Senai, Senac e Sebrae, cursos gratuitos e subsidiados”, aponta Hegel.

Um curso interno com duração de três meses foi a solução encontrada por Eduardo Borba, diretor da Baby Beef, para ter mão de obra qualificada. “É ministrado por um profissional do Senai três vezes por semana. Tomamos o cuidado de não jogar muita informação de uma vez para que os participantes possam ter tempo para absorver o que foi passado”, diz.

Ações como essa foram apontadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), conforme consta no Boletim Radar Nº 12. De acordo com a publicação, de dia 15 de março, no curto e no médio prazos, a solução passa por maior investimento das empresas em qualificação e especialização dos novatos e retenção de profissionais com maior experiência. Também são sugeridas medidas no sentido de atrair e requalificar os profissionais que tenham saído do mercado ou se deslocado para outras funções.

A publicação avalia o “apagão de mão de obra” no Brasil nesse período de crescimento econômico e, além dos prováveis gargalos ao desenvolvimento, aponta as soluções para o problema. Em cinco artigos, o Radar nº 12 aborda ainda o impacto da qualidade do ensino básico na formação profissional e a importância da formação de pessoal técnico-científico.


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