Com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas, que vão trazer muitos estrangeiros para o Brasil e aumentar o movimento nos aeroportos, o problema do setor aéreo volta à tona. Esse é o tema do primeiro videochat sobre aviação produzido pelo Vrum, em parceria com o site do Estado de Minas – em.com.br, que foi realizado na tarde desta segunda-feira, e debateu principalmente os problemas de infraestrutura e possibilidade de apagão de mão de obra no setor.
Participaram da transmissão, o professor de sistemas de aeronaves do curso de Ciências Aeronáuticas da da Universidade FUMEC e engenheiro aeronáutico da Líder Aviação, Erasmo Borja Sobrinho, o diretor de comunicação e marketing da Azul Linhas Aéreas, Gianfranco Beting, e ainda o o repórter do Vrum, Marcello Oliveira, a repórter de economia do em.com.br e blogueira do Em dia com o Consumidor, Marina Rigueira. O bate-papo foi moderado pela editora do em.com.br, Patrícia Aranha.
O diretor de comunicação e marketing da Azul Linhas Aéreas, Gianfranco Beting, acredita na possibilidade de apagão de mão de obra no setor brasileiro e defende que é preciso motivar os jovens a ingressarem nessa carreira e se qualificarem ao máximo. “Os pilotos brasileiros são bem reconhecidos fora do Brasil, e muitos estrangeiros recrutam nossos profissionais, que são muitas vezes atraídos, principalmente por salários que companhias aéreas brasileiras não podem pagar. É preciso formar mais pilotos no país, lembrando que o tempo é curto, considerando que um piloto leva, em média, dois anos para se formar em um curso técnico e quatro anos em um curso superior formar. Essa é a profissão de presente”.
Quanto a questão da infraestrutura, os especialistas lamentam que as verbas estejam comprometidas com obras que não vão amenizar problemas de excesso de passageiros nos aeroportos, como por exemplo, investimentos destinados aos estádios e arenas esportivas. Com o atraso do calendário de obras dos principais aeroportos do país, os entrevistados afirmam ainda que, provavelmente, será inevitável o uso dos aeroportos temporários e operações em terminais que ainda estão abaixo da capacidade máxima, e terão de ser utilizados 24 diárias para atender a demanda, como o Aeroporto da Pampulha.
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