Os preços do petróleo caíram pela segunda vez consecutiva nesta terça-feira em Nova York, a cerca de 106 dólares, enquanto em Londres também perderam mais de 3 dólares, em um mercado mais inquieto em relação à demanda do que à oferta.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em maio fechou em 106,25 dólares, em queda de 3,67 dólares em relação a segunda-feira.
Em duas sessões, o preço do WTI caiu cerca de 6%. No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento perdeu 3,06 dólares, a 120,92 dólares.
"A atenção afastou-se completamente dos problemas no Oriente Médio", que tinham contribuído para levar os preços do petróleo a seus níveis mais altos desde setembro de 2008, afirmou Matt Smith, da Summit Energy.
A revisão das previsões de crescimento do Fundo Monetário Internacional (FMI) na segunda-feira, avivaram os temores do mercado, uma tonalidade negativa que teve continuação com o relatório da Agência Internacional de Energia publicado nesta terça-feira.
Em seu relatório mensal, a AIE apontou a existência de um "risco real de que um petróleo que se mantenha sobre os 100 dólares o barril já não seja compatível com o ritmo da recuperação econômica".
Esses temores provocaram "um sólido movimento de realização de lucros", observou Matt Smith. O tom do mercado também foi dado por uma nota publicada na segunda-feira pelo banco Goldman Sachs, forte ator no mercado de commodities, que recomendou realizar lucros.
O banco decidiu encerrar suas posições de compra de uma cesta de matérias-primas, entre elas o petróleo, mas também algodão, cobre e platina.