A economia chinesa já é maior do que o valor somado das outras quatro economias do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Números da consultoria Economist Intelligence Unit mostram que, em 2010, o valor em dólares da economia chinesa foi maior do que a soma de todos as economias de seus parceiros dos Brics, incluindo a África do Sul.
O Produto Interno Bruto (PIB) chinês foi de US$ 5,878 trilhões, portanto maior do que os US$ 5,503 referentes à soma das economias de Brasil (US$ 2,029 trilhões), Rússia (US$ 1,465), Índia (US$ 1,645) e África do Sul (US$ 364 bilhões). “A China sempre foi muito maior do que os outros países, mas a virada mesmo ocorreu em 2009”, explica Duncan Innes-Ker, analista da consultoria em Pequim.
Em 2001, quando o economista Jim O'Neill lançou o conceito com projeções para a economia global, a economia chinesa já valia em dólares mais que o dobro da brasileira, a segunda maior do grupo, mas, na soma total, os parceiros eram maiores do que a China.
O equilíbrio se manteve até 2009, quando, sob impacto da crise financeira, houve contração nas economias brasileira, sul-africana e russa. A economia russa foi a mais afetada do grupo, com retração de 7% em relação a 2008.
Enquanto isso, a China avançou 9,2%, taxa ligeiramente superior à da Índia, de 9,1%. A forte recuperação vista no Brasil em 2010, quando o PIB cresceu 7,5%, e a retomada do crescimento nos outros dois países do grupo abalados pela crise, a Rússia e a África do Sul, não foram capazes de mudar o equilíbrio da força econômica dentro do Brics.
Em 2011, segundo projeções da EIU, a econonomia chinesa vai atingir o valor de US$ 6,834 trilhões, deixando seus parceiros, juntos, comendo poeira com um valor somado de suas economias em torno de 6,348 trilhões.
Reservas de divisas
As reservas chinesas em divisas estrangeiras superaram três trilhões de dólares em março, informou nesta quinta-feira o Banco Central da China. A quantia significa que as reservas chinesas, que já eram as maiores do mundo, aumentaram 24,4% desde o ano passado, segundo o Banco Popular da China (Banco Central).
No fim de 2010, as reservas chegavam a US$ 2,869 trilhões. As reservas de divisas aumentaram nos últimos anos graças aos grandes investimentos estrangeiros, ao grande superávit do comércio exterior e à entra do chamado "hot money" (dinheiro quente) - fundos especulativos a curto prazo em busca de lucros rápidos.