A entrada em vigor do Plano Geral de Metas de Universalização da Telefonia (PGMU) foi adiada por causa de uma determinação da presidenta Dilma Rousseff para que a velocidade de conexão da internet oferecida no âmbito do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) seja aumentada.
O governo estava negociando com as operadoras a oferta de internet com taxa de transmissão de 600 quilobits por segundo (kbps) por R$ 35 ao mês, podendo chegar a R$ 29,90 com a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Mas a presidenta orientou que a velocidade mínima oferecida seja de 1 megabit por segundo (mbps). Um mbps corresponde a 1.000 kbps.
“O que a presidenta falou é que nós não podemos ficar nesse limite mínimo [de 600 kbps], temos que fazer a disseminação rápida do uso da internet, mas, também, temos que nos preparar para dar um salto”, disse nesta quinta-feira o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Paulo Bernardo disse que as empresas têm condições de cumprir as exigências do governo e que os investimentos devem ser contínuos para aumentar a velocidade da conexão de internet de acordo com a demanda. “As pessoas começam a usar a internet e daqui a pouco começam a reclamar da velocidade. Teremos que ter investimentos para ter velocidades compatíveis”, disse. Segundo ele, a ideia do governo é não permitir a oferta de velocidade de conexão abaixo de 1 mbps.
Bernardo lembrou que o governo não vai disponibilizar recursos para as empresas antecipadamente, mas está previsto no acordo que, a cada 18 meses, haverá um acerto de contas entre operadoras e governo. Se as empresas comprovarem prejuízo na operação, serão ressarcidas. Se tiverem lucro, terão que fazer novos investimentos.
Segundo o ministro, a Anatel terá que implantar mecanismos para verificar a qualidade e a velocidade que será efetivamente entregue pelas operadoras. “Estamos sendo atendidos de forma bem aquém do que o público gostaria e precisa. A tarefa da Anatel é se preparar para exigir a qualidade”.