Os Estados Unidos foram o destino de 72,7% das exportações de produtos e serviços nacionais de tecnologia da informação (TI) em 2009. Depois dos EUA, aparecem como mercados importantes o México, que recebeu 3,8% das exportações, os países do Mercosul (3,1%), Alemanha (2,2%) e o Chile (1,6%).
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua Pesquisa de Serviços de Tecnologia da Informação 2009, feita em parceria com a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex).
“Não creio que a concentração das exportações em um único mercado consumidor como os Estados Unidos seja negativo. Pelo contrário, isso mostra que as empresas de TI brasileiras estão se concentrando num mercado
A exportação de produtos e serviços respondeu por R$ 2,1 bilhões (US$ 1,1 bilhão), o que corresponde a 5,4% do total da receita bruta das empresas de TI. Segundo o IBGE, o valor é considerado baixo quando comparado ao de outros países, como a Índia (US$ 50 bilhões) – maior exportador mundial –, a Alemanha (US$ 17,9 bilhões), os EUA (US$ 13,4 bilhões), o Reino Unido (USS 13,0 bilhões), Israel (US$ 6,8 bilhões), a China (US$ 6,2 bilhões) e o Canadá (US$ 5 bilhões).
O mercado exportador de TI brasileiro fica próximo ao japonês, que exportou US$ 1 bilhão no período. Segundo Saldanha, isso mostra que o Brasil ainda precisa investir mais em ciência e tecnologia, educação e inovação tecnológica. “A Índia, por exemplo, vem investindo pesado há anos em mão de obra qualificada e inovação. Ainda temos que avançar muito”, disse.
As grandes empresas, isto é, aquelas que têm faturamento superior a US$ 30 milhões, foram as responsáveis por 88,7% do total das exportações brasileiras em 2009. Os principais produtos e serviços exportados pelo Brasil foram o desenvolvimento de programas customizáveis – personalizados – (55,8% do total das exportações), desenvolvimento de programas não customizáveis (19,0%) e consultoria em tecnologia da informação (15,1%).