A Copa do Mundo de Futebol de 2014 está batendo à porta do mercado de Turismo brasileiro. A expectativa é que, em um mês, 500 mil turistas - 10% do total que o Brasil recebe em um ano inteiro - acorram às cidades onde acontecerão os jogos de futebol. Além disso, o campeonato atrairá ainda 15 mil jornalistas, 15 mil voluntários para tarefas diversas e 300 funcionários e convidados da FIFA, cuja lista de exigências ao país organizador inclui jatinhos, limusines e 400 automóveis.
Para as Olimpíadas, outros números prometem fazer os olhos dos brasileiros brilharem. Não é para menos. As estimativas sobre número de turistas, geração de empregos e impacto do evento sobre o PIB em geral são animadoras. A Alemanha, por exemplo, teve 1,7% a mais no PIB em 2006.
Porém, muito além de números estratosféricos, o que megaeventos como estes costumam ter são dois propósitos: realizar o evento em si, ou seja, recepcionar equipes e atletas para uma competição (hospedar 32 equipes e suas comitivas durante um mês e criar estrutura para a realização de 64 partidas, que serão transmitidas para todo o mundo) e, simultaneamente, proporcionar benefícios para a cidade ou país-sede.
Eventualmente surge uma tensão entre essas duas ideias. Por um lado pode ser tão complexo e difícil preparar a infraestrutura, os estádios, meios de transporte e aeroportos, que acabam não sobrando tempo, recursos e pensamentos para a segunda tarefa.
Segundo análises, os locais que mais se beneficiaram de um megaevento foram aqueles que gerenciaram bem a preparação do mesmo, de maneira a poderem alocar também suficiente atenção, tempo, recursos, intuição e liderança ao segundo propósito.
Megaeventos esportivos têm muitas funções e impactos básicos. Uma dessas funções é a construção de uma identidade nacional. Uma pesquisa da empresa Anholt-GMI, que analisa a imagem dos países como se fossem marcas comerciais, revelou que 93% dos alemães acreditam que a Alemanha ficou com uma imagem melhor após a Copa de 2006.
Outro benefício é o aumento direto das estadas como a de turistas americanos, israelenses e europeus na Alemanha, que cresceu, em média, 9,65 % no ano da Copa em relação a 2005. E mais: nos dois anos subsequentes, a evolução em relação aos anos imediatamente anteriores foi de 3,38 % (2007) e 3,83 % (2008).
As informações são da Estratégia Inteligência Competitiva nas Agências de Viagens
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