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Estado de Minas

Premiê britânico indica que vetará indicação de antecessor para liderar FMI


postado em 19/04/2011 12:23



O primeiro-ministro britânico, David Cameron, sinalizou que poderá vetar a indicação de seu antecessor, Gordon Brown, para ser o próximo chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI). O premiê disse, em entrevista à BBC, que uma pessoa que ''não sabia que nós temos um problema de dívida na Grã-Bretanha'' talvez não seja ''a melhor pessoa'' para estar à frente do órgão fiscalizador das finanças globais.

O atual diretor-geral do fundo, o francês Dominique Strauss-Kahn, é ex-ministro da Economia da França. Relatos da imprensa citavam Brown como o mais cotado para suceder o francês. Antes de assumir o cargo de premiê, ele foi ministro das Finanças na gestão de Tony Blair.

Cameron disse ao programa Today, da Radio 4 da BBC, que ''não havia passado muito tempo pensando a respeito disso. Mas me parece que se você tem uma pessoa que não achava que nós tínhamos um problema de dívida na Grã-Bretanha, talvez alguém assim não seja a melhor pessoa (para comandar o FMI)''.

O primeiro-ministro acrescentou: "Acima de tudo, o que importa é que a pessoa administrando o FMI seja alguém que entende os perigos do endividamento excessivo, de um déficit excessivo e é preciso que seja alguém que entende isso, em vez de alguém que diz não ter um problema''.

'Político ultrapassado'

O premiê afirmou ainda: "Eu certamente não quero um político ultrapassado de um outro país. É importante que o FMI seja comandado por alguém extraordinariamente competente.'' Ele sugeriu que o próximo líder do FMI venha de ''outra parte do mundo'', como, por exemplo, a China e a Índia.

O conselho-executivo do FMI escolhe o diretor-geral do fundo e as principais economias mundiais possuem o maior número de votos dentro da estrutura da organização. Na prática, um candidato, que precisa da maioria dos votos para ser eleito, pode ser vetado por países como EUA, França e Reino Unido.

O FMI também diz que gosta de escolher seu chefe por consenso, o que significa que as nações com economias maiores precisam estar de acordo sobre a nomeação. O mandato de cinco anos de Strauss-Kahn, termina no final do ano que vem. E ele não deverá renová-lo, mesmo porque pode vir a concorrer à Presidência da França.


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