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Estado de Minas

CNDL vê no aumento da Selic um remédio de efeito contrário


postado em 21/04/2011 14:13

A elevação da taxa básica de juros, Selic, para 12% ao ano, com o aumento de 0,25 ponto percentual determinado nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, recebeu críticas do presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior.

Segundo Pellizzaro Junior, as altas promovidas na Selic estão "mitigando a oferta imediata de recursos não só para o consumo, como pretende o próprio governo, mas também para o investimento produtivo, o que pode gerar descompasso ainda maior no futuro entre oferta e demanda."

“Estão aumentando a dose de um remédio que já não surtiu efeito, e que não é adequado para a doença em questão. É preocupante, porque esse remédio, em doses muito altas, pode matar o paciente ao invés de curá-lo”, alerta o presidente da CNDL.

Outro argumento que ele aponta é o de que aumentar a Selic não é uma medida acertada porque a inflação, que seria a razão para aumentar juros, segundo ele, deve-se aos elevados preços nos quesitos alimentação e transporte e não é decorrente dos preços de bens de maior valor agregado como carros, motocicletas e eletroeletrônicos, que são mais suscetíveis ao volume de crédito disponível.

Pellizzaro Junior acredita que a economia vai chegar a 2012 com inflação acima do teto da meta de 6,5%, ao contrário do que o governo diz esperar. Ele diagnostica que o problema no país é a baixa oferta para suprir a demanda. "O Brasil precisa ter infraestrutura condizente com sua capacidade de consumo, e o aumento dos juros vai na direção contrária da solução dessa questão", avaliou o presidente do CNDL.


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