O total de dívidas vencidas e não pagas pelas empresas teve uma elevação de 1,5% no primeiro trimestre de 2011, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. Em março, no entanto, houve queda de 0,6% ante o mesmo mês de 2010. Com relação a fevereiro a inadimplência das empresas cresceu 16,3%.
De acordo com a Serasa, a alta registrada na passagem de fevereiro para março é decorrente do aumento da quantidade de cheques devolvidos pela falta de fundos (27,8%). As dívidas com bancos tiveram crescimento de 11,8% e os títulos protestados apresentaram elevação de 9,1% ante fevereiro.
De janeiro a março, o valor médio das dívidas com bancos foi R$ 5.129,52, uma alta de 6,8% ante o mesmo período de 2010. Os títulos protestados tiveram um valor médio de R$ 1.687,86, com elevação de 8,4% sobre primeiro trimestre do ano passado. Os cheques sem fundos tiveram um valor médio de R$ 2.029,13, um crescimento de 2,7% na comparação com igual período de 2010.
Segundo os dados, a alta do trimestre está relacionada principalmente ao crescimento de 1,7% da inadimplência das micro e pequenas empresas. As médias registraram recuo de 3% e as grandes, de 1,7%.
Na comparação com o mês anterior, as dívidas não pagas pelas micro e pequenas empresas cresceram 16,5% em relação a fevereiro. Os estabelecimentos desse porte foram os que apresentaram a maior elevação. A inadimplência das médias empresas cresceu 11,3%. No caso das grandes, a alta foi de 16%, na relação mensal.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o ciclo de elevação dos juros, a valorização do real, a lenta recuperação global e a inflação crescente estão mudando a estrutura de custos e a capacidade de pagamento das empresas. “Por outro lado, a atividade econômica ainda aquecida tem atenuado esses fatores, via expansão do consumo privado e seus reflexos positivos sobre a geração de caixa das empresas. Esse equilíbrio de forças levou a inadimplência das empresas a apresentar essa ligeira elevação de 1,5% no primeiro trimestre deste ano”, destaca o comunicado da empresa de consultoria.