O Export-Import Bank of China, o maior banco executor de políticas governamentais do país, lançará neste ano um fundo de US$ 1 bilhão denominado em yuan para investir na América Latina. A notícia foi divulgada hoje pelo jornal estatal China Daily, que atribui a informação a Liu Liange, vice-presidente do banco. O fundo ajudará a financiar obras de infraestrutura em colaboração com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), disse o executivo.
Liu espera que os investimentos conduzidos em yuan possam ajudar a proteger as companhias contra os riscos decorrentes de flutuações cambiais, de acordo com o jornal. O fundo também ajudará a elevar o perfil da moeda chinesa nas áreas de comércio internacional e investimento e facilitar as importações chinesas de matérias-primas da América Latina, afirmou Wang Jun, um economista da China.
Os líderes chineses tornaram-se altamente determinados a reduzir o uso do dólar. Na América Latina, a China assinou um pacto com o Brasil para oferecer às companhias a opção de liquidação de contratos comerciais em moedas locais, ao invés de usar o dólar. Em março de 2009, a Argentina e a China assinaram um acordo de swap cambial de três anos totalizando 70 bilhões de yuans (US$ 10 bilhões). Neste ano, o Peru tornou-se o primeiro país latino-americano a abrir uma conta de liquidação comercial denominada em yuan, destacou o China Daily.
Cerca de 7% do comércio exterior da China no primeiro trimestre foi liquidado em yuan, uma alta de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado, reportou a agência de notícias Xinhu neste mês.