O FMI advertiu para o risco de superaquecimento das economias da América Latina, aumentando levemente sua previsão de crescimento da região a 4,75% para este ano, em um relatório que será apresentado nesta terça-feira.
"A América Latina continua crescendo a um ritmo vigoroso impulsionado por um forte aumento da demanda interna. Mas a região vem experimentando um excesso de medidas de estímulo, o que acarreta o risco de superaquecimento", assinalou o FMI em uma antecipação de seu relatório 'Perspectivas Econômicas: As Américas-Atentos ao superaquecimento'.
A estimativa de crescimento de 4,75% este ano é ligeiramente superior ao divulgado previamente, de 4,70%. Em 2010, o crescimento da região foi de 6%. O Fundo considera que os altos preços das matérias-primas e as favoráveis condições de financiamento externo estão impulsionando o crescimento da região.
Mas alerta para uma alta da inflação por fatores relacionados com a demanda e os recentes aumentos de preços dos alimentos e energia. Para conter essas pressões inflacionárias, o FMI acredita que "serão necessários novos aumentos das taxas de políticas monetárias". Outros desafios são o aumento dos déficits e um crescimento superior das importações sobre as exportações.