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Estado de Minas

Energia turbina inflação de abril em BH

Além da gasolina, conta de luz pesou no orçamento do mês passado. IPCA de BH chegou a 0,84%, o maior desde 2007


postado em 04/05/2011 06:00 / atualizado em 04/05/2011 06:18

A inflação em Belo Horizonte continua em trajetória de alta. No mês passado a elevação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead-MG) foi de 0,84%, a maior para abril desde 2007. Dois itens foram os grandes vilões: a gasolina e as despesas com energia elétrica, que responderam, juntas, por 64% da inflação do mês.

O reajuste da energia elétrica – de 6,61% – começou a vigorar em abril. A isso soma-se a disparada do preço da gasolina, que já passa de R$ 3 o litro em alguns postos da capital mineira. “Essa tendência não se repetira neste mês”, afirma o coordenador da pesquisa, professor Wanderley Ramalho. Na análise do professor, tanto a energia elétrica, quanto a gasolina – que já mostra sinais de diminuição do aumento – devem alterar esse elevado patamar, para o bem do consumidor.


Outra pesquisa de inflação, esta feita pela Fundação Getulio Vargas, a do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), mostra que Belo Horizonte é a cidade que teve o maior crescimento na comparação entre a penúltima e a última semana do mês passado. O crescimento de BH foi de 0,22 ponto percentual, passando de 0,75% para 0,97%. O crescimento médio das sete cidades foi de 0,15 ponto percentual, passando de 0,80% para 0,95%, no mesmo intervalo de tempo.
 
A pesquisa do Ipead revela ainda que os alimentos in natura, que seguiam com elevada alta neste ano (20,30% no acumulado dos quatro primeiros meses) perderam força e apresentaram queda de 7,69%. Os alimentos responsáveis por essa retração foram laranja (-20,63%), tomate (-26,90%), tangerina (-37,47%). O que também contribui para a queda foi o açúcar cristal (-5,98). Por outro lado, além da gasolina e da energia elétrica, a refeição fora de casa apresentou alta considerável, de 2,06%. Já o preço de entrada em boites, danceterias e discotecas cresceu 10,30% no mês anterior. O valor do condomínio subiu 1,81% e também pesou no índice.

O Ipead também mede a variação do custo da Cesta Básica. No mês passado, o valor dos produtos que compõem a cesta ficou em R$ 250,95, apresentando uma queda de 4,84% em relação ao mês anterior. Em abril do ano passado, o valor da cesta era de R$ 249,72, ou seja, subiu 3,81% em 12 meses.

Dos itens que compõe a cesta, as maiores quedas foram registradas para o tomate (-33,24%), o chã de dentro (-3,21%) e o açúcar cristal (-7,20%). Os vilões foram: feijão carioquinha (8,79%), leite pasteurizado (3,09%), café moído (5,02%) e banana caturra (1,24%).

 

Palavra de especialista

André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV)

“A inflação em todo o país segue trajetória semelhante. Um fato que se destacou em Belo Horizonte foi a política de reajuste de tarifas públicas, pois são despesas que pesam muito no orçamento familiar e não podem ser substituídas, caso da energia elétrica, água e tarifas de transporte público. Esse aumentos, quando estão acima da média, oneram muito o orçamento. Já outros itens que têm influência direta da sazonalidade em um mês podem provocar grande influência (batata, tomate, entre outros), mas não preocupam tanto, pois depois apresentam queda.” 


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