O preço dos produtos básicos que compõem a mesa do trabalhador belo-horizontino registrou em abril leve recuo de 0,70% na compração com março. Esse é o primeiro recuo do ano, segundo a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse), divulgada nesta quarta-feira. Já na comparação anual, o preço da cesta básica apresentou crescimento de 3,33% em abril.
No mês, o valor da cesta representou 49,27% do salário mínimo, já descontado a parcela do INSS. Para comprar a alimentação mínima necessária esse trabalhador precisou trabalhar, em abril, 99 horas e 43 minutos, contra 103 horas e 07 minutos, em abril de 2010.
Segundo os analistas do Dieese, para pagar a alimentação básica de uma família, com dois adultos e duas crianças, o morador da capital mineira precisa gastar R$ 741,09 somente para cobrir a despesa mínima. Contando as demais despesas, o valor necessário para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, em abril, teria que ser de R$ 2.255,84.
A cesta básica é composta de carne (6,0 Kg); leite (7,5 L); feijão (4,5 Kg); arroz (3,0 Kg); farinha de trigo (1,5 Kg); batata (6,0 Kg); tomate (9,0 Kg); pão de sal (6,0 Kg); café em pó (0,6 Kg); banana (7,5 Dz.); açúcar (3,0 Kg); óleo de soja (0,9 L) e manteiga (0,75 Kg).
Os produtos que registraram maior alta em relação ao mês anterior foram a batata, com crescimento de 33,90%, o feijão, que subiu 10,14%, o café, com elevação de 7,17% e a banana, com alta de 6,25% no período. Já o tomate, o açúcar e o arroz apresentaram as maiores quedas.