Brasília – Depois de admitir que não tem capacidade para tocar sozinho as obras de ampliação dos aeroportos para a Copa do Mundo de 2014 e considerar a transferência dessa responsabilidade para a iniciativa privada, o governo brasileiro já reconhece que não haverá mais tempo para grandes construções. Por mais boa vontade que os atuais envolvidos no processo de concessão aeroportuária tenham para acelerar os trâmites legais (como a esperada mudança na lei para acelerar as licitações prevista para o fim deste mês), dificilmente os leilões serão realizados neste ano. Além disso, mesmo se obras de novos terminais em aeroportos importantes e de grande movimentação, como os de Brasília e de Guarulhos, forem iniciadas em tempo recorde, elas não estarão concluídas até a Copa.
“O governo prevê implantar alguns desses módulos provisórios enquanto não conseguir fazer as obras dos novos terminais. Os aeroportos já estão saturados e é preciso fazer algo logo para atender à demanda atual. O governo tem essa consciência de que não haverá mais tempo", disse o presidente da Associação dos Paulista dos Empresários de Obras Públicas (Apeop), Luciano Amadio, após reunir-se com o ministro-chefe da recém-criada Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt.