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Estado de Minas

Preços administrados pelo governo pressionam a inflação em 2011


postado em 06/05/2011 11:56

Os serviços e produtos com preços sob controle ou vigilância do governo são justamente os que mais têm influenciado a inflação oficial neste ano, considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,77% em abril ante 0,79% em março. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado de 2011, a alta do IPCA é de 3,23%, sendo que os produtos alimentícios acumulam uma variação de 2,74% e os não alimentícios sobem 3,38%.

"Isso significa que, neste ano, os alimentos têm contribuído com menos expressão do que os produtos não alimentícios para o IPCA. Nessa categoria de produtos não alimentícios, pressionaram os reajustes monitorados e controlados, como ônibus urbano, energia elétrica, taxa de

esgoto e, neste ultimo mês, com força, a gasolina", explicou a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

Refeição fora de casa

As refeições fora de casa, a gasolina e a carne estão entre os principais responsáveis pela alta de 6,51% acumulada pelo IPCA nos últimos 12 meses até abril. No período, as refeições fora de casa acumulam alta de 12,66%, enquanto a gasolina registra avanço de 11,68% e as carnes sobem 20,33%. O impacto destes itens no IPCA dos últimos 12 meses é de 0,55 ponto porcentual, 0 47 ponto e 0,44 ponto, respectivamente, segundo o IBGE.

Sobre o aumento da gasolina, Eulina disse que há influência da alta do etanol, sobretudo em 2011. "A frota brasileira de automóveis do tipo flex aumentou muito nos últimos tempos, então a demanda por etanol também subiu muito. Como estamos num período de entressafra da cana-de-açúcar, o álcool está mais caro. Então, o consumidor vai preferir colocar gasolina, pressionando também os preços da gasolina", explicou.

Energia e ônibus

A inflação deve ser pressionada em maio pelo aumento nas tarifas de energia elétrica em algumas regiões metropolitanas e também pela tarifa de ônibus urbano no Rio de Janeiro, que será reajustada em 4,17% a partir de amanhã. A avaliação é da coordenadora de índices de preços do IBGE. "Outro fator importante é o percurso dos alimentos e os combustíveis, que vêm aumentando consideravelmente", disse Eulina.

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