A inflação percebida entre as famílias de baixa renda acelerou em abril, segundo indicou nesta terça-feira o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para medir a evolução de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IPC-C1 registrou inflação de 0,84% em abril, ante a taxa de 0,80% em março. Com o resultado, o índice acumula alta de 3,39% no ano e de 5,69% nos 12 meses encerrados em abril.
Mesmo com a aceleração, a taxa do IPC-C1 em abril ficou abaixo da inflação média apurada entre as famílias com maior poder aquisitivo, de renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR).
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-C1, cinco apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços de março para abril. É o caso de Despesas Diversas (de 0,05% para 1 48%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,48% para 1,44%), Vestuário (de 0,75% para 1,17%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,48% para 0,66%) e Habitação (de 0,25% para 0,31%). Por outro lado, os grupos Alimentação (de 1,51% para 1,20%) e Transportes (de 0 13% para 0,11%) apresentaram decréscimos em suas taxas de variação no mesmo período.
A FGV informou que, em abril, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-C1, as mais expressivas elevações de preços foram detectadas em batata-inglesa (33,01%), alho (9,39%) e leite tipo longa vida (3,31%). As mais expressivas quedas foram registradas em açúcar cristal (baixa de 1,66%), limão (queda de 11,19%) e arroz branco (recuo de 3,78%).