A presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, articulam a construção e financiamento de 2 milhões de casas em cidades venezuelanas, no período de sete anos. O assunto será tema da reunião que ambos terão, no final de junho, em Brasília.
O acordo faz parte de uma parceria com a Caixa Econômica Federal (Caixa) e baseia-se no programa brasileiro Minha Casa, Minha Vida – destinado à construção e compra de moradias para as famílias cuja renda é de até R$ 1.395.
Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e da Venezuela, Nicolás Maduro, conversaram sobre alguns detalhes do programa habitacional que será executado nas cidades venezuelanas. Segundo Maduro, o programa será firmado entre a Caixa e a correspondente venezuelana.
Maduro e Patriota também conversaram sobre as parcerias que serão ampliadas nas áreas de desenvolvimento agrícola, transferência de tecnologia e ciência. Trataram também da necessidade de se intensificar as relações regionais englobando o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
O chanceler venezuelano não mencionou a demora do Congresso Nacional do Paraguai em aprovar o ingresso da Venezuela no Mercosul. Brasil, Argentina e Uruguai já aprovaram a participação dos venezuelanos como membros permanentes do Mercosul. Falta apenas a aprovação do Congresso Nacional do Paraguai, que não agendou a data de votação.
Até o começo da noite de ontem (9), estava marcada a visita para hoje de Chávez. Mas o presidente venezuelano cancelou a viagem ao Brasil, ao Equador e a Cuba alegando dores no joelho esquerdo. Neste momento, o governo venezuelano enfrenta dificuldades em lidar com um apagão que atingiu 15 dos 24 estados do país. Desde 2009, há problemas no abastecimento energético.