Os preços do barril de petróleo negociados nos mercados internacionais subiram na tarde desta terça-feira depois de serem negociados em baixa pela maior parte do dia. A alta foi estimulada por números positivos vindos do comércio chinês, que indicaram que a economia do gigante asiático continua fortemente aquecida.
Preocupações sobre o impacto que as recentes inundações do Mississipi teriam nas refinarias localizadas próximas às margens do rio também estimularam a alta dos preços, embora eles ainda estejam longe de atingir os picos da semana passada. "A elevação das águas do Mississipi pode frustrar as refinarias justamente quando nós mais precisarmos delas", alertou Phil Flynn, da PFG Best.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em junho chegou a 103,88 dólares, após cair a 100,12 dólares durante o dia.
Em dois dias, o WTI recuperou 6,7 dólares por barril após cair quase 17 dólares na semana passada. No IntercontinentalExchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com igual vencimento subiu 1,73 dólares, para 117,63 dólares.
Os dados sobre o mercado chinês indicaram que a demanda continua forte, apesar dos esforços chineses para esfriar a economia, disse o grupo de pesquisas em commodities do JP Morgan's.
"Apesar das preços elevados, pesquisas sobre as maiores refinarias indicam que as importações permanecerão fortes em maio", afirmou o JP Morgan's, acrescentando que eles esperam um elevado consumo de petróleo para a geração de energia durante o verão.
O superávit comercial da China subiu para 11,4 bilhões em abril e as exportações atingiram recorde mensal, segundo dados divulgados na terça-feira. De acordo com a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), a perspectiva é de que os preços do WTI devem atingir uma média de 102,67 o barril em 2011, numa revisão 4 dólares abaixo em relação as suas projeções anteriores. Para 2012, a expectativa é de que o barril atinja 107 dólares.
"A EIA espera que o mercado de petróleo se estreite em 2012, devido à perspectiva de crescimento da demanda pela commodity e da expectativa de desaceleração do crescimento da oferta de países não-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), afirmaram representantes da EIA.