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Estado de Minas

Para Opep, queda nos preços do petróleo foi inevitável


postado em 11/05/2011 12:37

O bom equilíbrio atingido entre a oferta e a demanda de petróleo sustentado pela adequação dos estoques e da capacidade ociosa de produção, mostram que a expressiva queda dos preços do petróleo na semana passada foi "inevitável" e "alinhada aos fundamentos do mercado no curto prazo", disse hoje a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em seu relatório mensal.

Embora o preço do petróleo tipo Brent esteja acima de US$ 115 o barril em Londres, o cartel de exportadores voltou atrás das indicações feitas no mês passado de que o elevado preço está prejudicando a demanda global pela commodity. Um fortalecimento na demanda pelas economias emergentes é agora capaz de zerar qualquer redução de procura causada pelos preços elevados, disse a Opep.

A organização elevou sua previsão de crescimento na demanda em 2011 em 20 mil barris ao dia, para 1,41 milhão de barris ao dia. O grupo disse que os efeitos negativos do terremoto que atingiu o Japão em março e as incertezas sobre a solidez da recuperação da economia dos EUA ameaçam a demanda,

mas que a economia chinesa está avançando acima das expectativas, contrabalançando os riscos.

A Opep disse ainda que a demanda pelo petróleo da Opep irá subir em 2 milhões de barris ao dia no terceiro trimestre em relação ao segundo, para 30,87 milhões de barris ao dia. Os estoques do petróleo comercial dos EUA também caíram pelo terceiro mês, em 1 3 milhão de barris ao dia em abril, em grande parte em função de uma queda nos estoques dos produtos refinados do petróleo. Os estoques seguem 1% acima da média em cinco anos.

O relatório parece validar o inesperado corte na produção de março do principal membro da Opep, a Arábia Saudita, e os comentários recentes de outros países membros, de que a alta da produção não será discutida na reunião de junho. O relatório também contém críticas pontuais à Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos sobre a acuidade dos números sobre a demanda de petróleo, citando revisões em baixa feitas no mês passado para a demanda. "Esse exagero na avaliação sobre a demanda de petróleo acrescenta pressão sobre os produtores, causando instabilidade no mercado", disse a Opep.

No entanto, o próprio relatório da Opep mostra inconsistências. O grupo continua a mostrar números da produção da Arábia Saudita obtidos por fontes secundárias, que contradizem os dados oferecidos pelo ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Al-Naimi. As estimativas da Opep para a produção saudita estavam em 8,92 milhões de barris ao dia em fevereiro, abaixo dos números informados pelo país, de 9,13 milhões de barris ao dia. Para março, a Opep previu a produção saudita em 8,76 milhões de barris ao dia, ante cálculo de 8,29 milhões de Naimi.

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