São Paulo – O aumento nos preços do petróleo nos últimos meses está fazendo com que as companhias aéreas passem por um processo de adaptação de custos, para compensar a elevação de gastos com combustíveis. Por conta disso, a Gol está adotando medidas para reduzir custos e fechou, no primeiro trimestre, 1.100 postos de trabalho, o que possibilitará a economia de R$ 45 milhões para a aérea. De acordo com Leonardo Pereira, vice-presidente de Finanças da Gol, entre 200 e 250 funcionários foram demitidos em fevereiro e março, após indicações da consultoria Gradus, contratada pela companhia para reorganizar seu orçamento. As outras vagas fechadas, segundo Pereira, correspondem a postos que estavam vagos e não foram reocupados.
A Gol também decidiu devolver antecipadamente duas aeronaves Boeing 767, gerando uma redução de despesas operacionais da ordem de R$ 20 milhões ao ano, a partir do segundo semestre de 2011. Além disso, a companhia aérea decidiu interromper rotas que não geram retorno financeiro, como a entre São Paulo e Bogotá. “Estamos menos tolerantes em ter rotas que não estejam gerando retorno”, afirma Pereira. “Também vamos voar mais e eliminar a improdutividade de aviões.”
A companhia aérea divulgou na noite de terça-feira que registrou lucro líquido de R$ 110,5 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 362% na comparação com o mesmo período de 2010, puxado pela demanda recorde de passageiros. No mesmo intervalo, as despesas com combustíveis cresceram 21,4%. “O mercado continua extremamente positivo, temos curva de demanda extremamente forte. A questão do aumento de combustíveis é uma realidade, a indústria vai passar por uma adaptação, mas mesmo assim os resultados da Gol estão muito bons”, diz Pereira.
Em março, a Gol inaugurou três quiosques em estações de metrô e uma nova loja no Shopping Mais, todas em São Paulo, como parte da estratégia de aumentar os canais de vendas de passagens de baixo custo.