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Estado de Minas

Para Tombini, fluxo de entrada de capital está intenso


postado em 12/05/2011 11:52

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, admitiu nesta quinta-feira que os fluxos de entrada de capital no mercado doméstico brasileiro estão "intensos". Ele fez o comentário ao ser questionado por jornalistas se a atitude do governo de manter a Selic (taxa básica de juros) relativamente em alta, em comparação com a de outras economias emergentes, não favorece a entrada expressiva de fluxo de capitais no mercado brasileiro.

Tombini explicou que elevar os juros no Brasil faz parte de uma estratégia mais abrangente, por parte do governo, de combate à inflação. "Precisamos atuar em

várias frentes. A questão da política monetária, que tem sido ajustada, vai contribuir de forma decisiva para trazer a inflação para a meta."

"Em relação aos fluxos de capitais, que estão intensos e que têm entrado com alta velocidade em economias emergentes como a brasileira, o tratamento tem de ser particular, como o Brasil vem fazendo, buscando moderar o ingresso destes fluxos", detalhou. Ele acrescentou que, dentro da estratégia abrangente de combate à inflação, por parte do governo, também estão outras ideias além de alta de juros, como medidas macroprudenciais e bons resultados na consolidação fiscal.

"Temos de continuar trabalhando para que a inflação convirja para o centro da meta em 2012. Em 2011 certamente ficará dentro, compatível com o regime de metas de inflação, de 4,5%, com dois pontos de margem de tolerância. Então vai ficar dentro desta margem de tolerância", ressaltou o presidente do BC. "O Banco Central tem adotado suas políticas, tem comunicado (suas políticas) à sociedade. Precisamos fazer um esforço para trazer de fato com consistência e com segurança a inflação no Brasil, a inflação ao consumidor, para o nível de 4,5% em 2012", resumiu.

Combustíveis

O presidente do Banco Central foi questionado nesta quinta-feira sobre uma possível estratégia do governo de formular medidas que possam manter os preços dos combustíveis em baixa, como forma de combater o avanço da inflação no varejo. Sem dar detalhes sobre a atuação do governo neste sentido, Tombini comentou ser favorável a toda a ajuda que se puder ser realizada no combate à inflação.

"Qualquer contribuição de inflação sendo reduzida a nível setorial ajuda o processo", afirmou. Quando foi questionado se já ocorre no governo uma movimentação para reduzir o preço da gasolina, e assim ajudar a manter em baixa a inflação percebida pelo consumidor, Tombini afirmou apenas que os recuos de preços nos combustíveis são relevantes no combate à inflação.

"Estas quedas de preços são importantes, ajudam, não fazem totalmente o trabalho, mas são informações importantes que vamos levar em consideração e certamente vão repercutir na inflação ao consumidor", afirmou. Ele participa do seminário sobre metas de inflação, que está sendo realizado hoje no Rio de Janeiro, promovido pelo BC.

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