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Estado de Minas

Ibovespa ocupa lanterna dos investimentos mundiais

Neste ano, desempenho do índice só ganha da bolsa do México


postado em 13/05/2011 06:00 / atualizado em 13/05/2011 09:24


Brasília – O principal indicador da bolsa de valores brasileira (BM&FBovespa), o Ibovespa, se tornou um dos piores investimentos entre os mais importantes índices de mercados do mundo neste ano. De janeiro a maio acumula uma perda de 7,65%. Teve desempenho melhor apenas que o do México, que amarga um tombo de 8,76% no período. Os Estados Unidos, mesmo tendo sua dívida rebaixada pela primeira vez pelas agências de risco; e a Europa, assombrada pelas crises dos países periféricos da zona do euro; tem oferecido desempenho melhor nas suas bolsas do que o Brasil em 2011.

Em 2009, a bolsa brasileira foi a que mais subiu (70%) devido ao intenso fluxo de capital estrangeiro que fugia dos países desenvolvidos com o temor que pairava sobre eles. Havia um medo de que a crise iniciada um ano antes fizesse ainda mais vítimas entre investidores de renda variável. Em 2011, com uma visão mais clara de futuro para os EUA e para alguns países da Europa, o dinheiro retornou para esses mercados. Entretanto, o Brasil tem perdido mais que o restante dos emergentes. Xangai, na China, acumula ganho de 1,28% no ano. A bolsa russa, a Micex, uma perda de 3,39%.

No caso brasileiro, além de menos investidores estrangeiros, duas das principais empresas a compor o Ibovespa, Vale e Petrobras – representam 20% do índice –, estão registrando derretimento intenso dos seus papéis, mesmo com as commodities em uma cotação bastante elevada. No caso da mineradora, especialistas avaliam que o caso Roger Agnelli, presidente da empresa que deixou o posto depois de ingerência do governo, ainda repercute entre os investidores. No ano, os papéis da empresa derreteram 9,49%.

A Petrobras também sofre do mesmo mal da mineradora: a mão do governo. Sem poder repassar os preços do barril de petróleo para a gasolina, perdeu bilhões de dólares. Mesmo o país sendo auto-suficiente no combustível fóssil, a companhia se viu obrigada a importar gasolina para atender o intenso consumo que se expandiu mais fortemente do que o previsto devido altas pesadas do etanol. Como o preço do álcool deixou de ser interessante para o consumidor, ele migrou para a gasolina e aumentou a pressão sobre a Petrobras. No ano, os papéis da companhia perderam 12,30%. Em 12 meses, caíram 17,72%. Mesmo com todo esse desempenho ruim, ontem a bolsa conseguiu reverter uma pequena parte dessas perdas. O Ibovespa subiu 0,36% e fechou o dia com 64.003 pontos.

Balanço da MRV

Impulsionada pela demanda de imóveis populares no país, a MRV bateu recorde de lançamentos e vendas de imóveis no primeiro trimestre deste ano. A empresa movimentou R$ 830,8 milhões em vendas, valor 13,4% superior ao mesmo período de 2010. Já os 8.214 lançamentos da companhia nos três meses de 2011 atingiram R$ 1,043 bilhão, crescimento de 72,1% em relação aos primeiros 90 dias de 2010. “O mercado está muito firme e forte no segmento popular. Pelo resultado do primeiro trimestre, vamos conseguir a atingir a nossa meta de crescer 20% este ano”, diz Rubens Menin, presidente da empresa. De acordo com o balanço, o lucro líquido da MRV atingiu R$ 152,6 milhões no primeiro trimestre, valor 31,7% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.


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