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Estado de Minas

EUA devem atingir limite da dívida na segunda-feira


postado em 14/05/2011 10:08

A dívida americana deve alcançar na segunda-feira o limite autorizado pelo Congresso, mas os parlamentares se negam a ampliar o valor.O Tesouro americano alerta desde abril que 16 de maio é a data para a dívida alcançar o teto de 14,294 trilhões de dólares. O Estado não pode aumentar o endividamento além deste valor.

O governo insiste para que o Congresso aumente o teto, mas o tema divide os parlamentares: os republicanos exigem antes uma economia de bilhões, nas palavras do presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, algo que os democratas consideram perigoso.De todas as formas, o Tesouro afirma que tem condições de permanecer abaixo do limite até 2 de agosto com vários ajustes contábeis.

"Como o Congresso ainda não agiu, começamos a aplicar uma série de medidas extraordinárias que darão um pouco mais de tempo para elevar o teto da dívida", disse na sexta-feira o secretário do Tesouro, Timothy Geithner.Não é possível prever o que aconteceria se os Estados Unidos não conseguissem responder por sua dívida.

"A gravidade do tema é a razão pela qual as pessoas pensam que isto não vai acontecer. É o equivalente financeiro a uma bomba nuclear", explica Aaron Kohli, especialista em títulos do Tesouro da Nomuro Securities.O mercado não aparenta qualquer inquietação.

Para David Wyss, economista chefe da agência de classificação Standard and Poor's, o Tesouro pode seguir funcionando até agosto, dando tempo ao Congresso para um acordo. Além disso, em caso de situação crítica, o "governo tratará a dívida com prioridade"."Não há nenhum perigo manifesto de falta de pagamento", explicou à AFP.

A agência atribuiu em 18 de abril uma perspectiva negativa à nota da dívida a longo prazo dos Estados Unidos, mas a questão do limite da dívida não agrava a situação para a S&P.

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, advertiu que é arriscado não elevar o limite da dívida em um prazo razoável.

Ele citou como consequência o aumento das taxas de juros, que agravará o déficit e, na pior das hipóteses, uma nova desestabilização do sistema financeiro, como na falência do Lehman Brothers (setembro de 2008).

Segundo o Tesouro, na quinta-feira a dívida americana estava em 14,256 trilhões de dólares, apenas US$ 38 bilhões abaixo do limite.


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