Atrás da nova classe média, a Coca-Cola Femsa, empresa do grupo mexicano Femsa, vai construir em Minas Gerais o que o diretor de operações da empresa, Ricardo Botelho, chama de unidade industrial top de linha no sistema mundial de produção de refrigerantes. O projeto é modelo para os planos de crescimento no Brasil, ancorados no ingresso das classes C/D e E no consumo. A volta da inflação e as projeções de crescimento econômico menor no país estão longe de afetar o interesse da Coca-Cola Femsa, maior franquia da marca no mundo. “Vamos continuar investindo plenamente no país e cada vez mais a gente aposta nesse crescimento. Os números são muito favoráveis (a empresa mantém sigilo sobre eles), embora do ponto de vista da inflação a companhia seja impactada tanto quanto as outras”, afirma o executivo. A palavra-chave da nova unidade mineira de refrigerantes, orçada em R$ 250 milhões, será eficiência no processo produtivo. A capacidade de produção passará de 1,4 bilhão de litros de refrigerantes por ano para 2,1 bilhões de litros anuais de todos os tipos de produtos e nas atuais embalagens. As instalações de BH serão transformadas em um grande centro de distribuição. O local que vai abrigar a nova unidade industrial deverá ser anunciado dentro de um mês.
A empresa vinha fazendo investimentos parciais em ampliações até decidir pela nova fábrica. Qual foi o cenário que levou ao novo investimento?
Observamos um grande crescimento da economia do estado e isso vem alavancando muito o nosso desempenho aqui (a empresa não revela os números). Foram dois fatores decisivos: ganhamos mercado aqui, num cenário em que a atividade econômica mineira está aquecida. Com isso, por mais investimentos que tenham sido feitos ao longo dos últimos anos, estamos trabalhando à plena carga e ainda assim parte do produto vem de outros estados. Dependendo da época do ano e do mix de produtos, essa parcela chega a ser considerável. Em outubro de 2010, colocamos em operação a sétima linha de produção de BH – eram três quando assumimos a fábrica –, com investimentos de R$ 35 milhões. Agora, sem dúvida alguma, a planta nova estará autossuficiente por um bom tempo. Minas Gerais representa 25% da produção da Coca-Cola Femsa Brasil e o consumo no estado tem se mantido entre os cinco mercados mais importantes do sistema Coca-Cola.
A indústria de bebidas experimenta um forte crescimento no país, em geral, inclusive nas tubaínas. Como a Coca-Cola tem visto a expansão brasileira e se aproveitado dela?
Há uma expansão generalizada das vendas em todas as regiões de Minas e a empresa conseguiu desenvolver um portifólio de produtos para atender o consumidor com diferentes perfis de renda. Isso nos permite crescer em todos os níveis socioeconômicos. Essa nova fábrica será, sem dúvida, a mais moderna, em todos os aspectos, desde a parte produtiva, especificamente, até os aspectos ambiental e de sustentabilidade.
Esse quadro não tende a mudar, tendo em vista as projeções de crescimento econômico mais lento do país e a volta da inflação?
Nós entendemos que nos próximos anos ainda haverá espaço para um crescimento bastante saudável do Brasil. Não saberia adiantar taxas, mas, sem dúvida, a Copa do Mundo vai ajudar a movimentar o nosso mercado. Vamos continuar investindo plenamente no país e cada vez mais a gente aposta nesse crescimento. Os números são muito favoráveis (a empresa mantém sigilo sobre eles), embora do ponto de vista da inflação a empresa seja impactada tanto quanto as outras. E nisso o investimento alto que fazemos para melhorar a eficiência das fábricas nos permite continuar crescendo.
Esse crescimento do consumo em Minas reflete o mesmo comportamento do mercado brasileiro ou há diferenças que definiram a construção da fábrica?
Como o portfólio de produtos é bem amplo, então, isso nos permite atender grupos de consumidores com características muito distintas, inclusive com embalagens retornáveis, e em qualquer lugar. Em Minas, não é diferente. O estado conta com áreas extremamente urbanizadas e as mais dispersas. Sem dúvida, em todo o Brasil a nova classe média (classes C, D e E) talvez seja a nossa grande alavanca e a do país como um todo. A partir do momento em que você tem o produto certo para aquele consumidor, consegue atender à demanda e com isso capturar esse movimento de crescimento.
O que significa ter em Minas uma fábrica mais ecológica?
Eu posso dar um bom exemplo, o da água que será usada no processo industrial, inclusive a captação de água pluvial, em meio a toda a parte de eficiência operacional. A fábrica de Jundiaí (SP) apresenta, hoje, o nosso melhor índice de uso de água e reciclagem desse recurso. A unidade mineira terá um desempenho bem melhor. Estamos buscando o que existe de melhor em termos de equipamentos. A nova fábrica será top de linha no sistema mundial de produção da marca Coca-Cola.
A tecnologia envolve uma fábrica mais robotizada? Como será o processo de transferência da produção da unidade atual, localizada no Anel Rodoviário?
É importante destacar que, independentemente dessa tecnologia empregada, nós teremos um acréscimo de mão de obra em Minas (são 3.600 empregos mantidos pela empresa na produção, em vendas e na rede de distribuição). Só a fábrica de BH emprega 800 pessoas. Durante um bom período, as duas plantas vão continuar operando em paralelo, ou seja, essa migração da fábrica do Anel Rodoviário para o centro logístico será gradativa e, sem dúvida nenhuma, com o aproveitamento de todos os colaboradores. A empresa sempre investiu em formação e capacitação de trabalhadores, não importando se a planta é nova ou não. Isso é uma diretriz da companhia e esse foco na mão de obra já existe e vai continuar existindo. É parte integrante do projeto dar preferência a essa mão de obra.
A empresa vinha fazendo investimentos parciais em ampliações até decidir pela nova fábrica. Qual foi o cenário que levou ao novo investimento?
Observamos um grande crescimento da economia do estado e isso vem alavancando muito o nosso desempenho aqui (a empresa não revela os números). Foram dois fatores decisivos: ganhamos mercado aqui, num cenário em que a atividade econômica mineira está aquecida. Com isso, por mais investimentos que tenham sido feitos ao longo dos últimos anos, estamos trabalhando à plena carga e ainda assim parte do produto vem de outros estados. Dependendo da época do ano e do mix de produtos, essa parcela chega a ser considerável. Em outubro de 2010, colocamos em operação a sétima linha de produção de BH – eram três quando assumimos a fábrica –, com investimentos de R$ 35 milhões. Agora, sem dúvida alguma, a planta nova estará autossuficiente por um bom tempo. Minas Gerais representa 25% da produção da Coca-Cola Femsa Brasil e o consumo no estado tem se mantido entre os cinco mercados mais importantes do sistema Coca-Cola.
A indústria de bebidas experimenta um forte crescimento no país, em geral, inclusive nas tubaínas. Como a Coca-Cola tem visto a expansão brasileira e se aproveitado dela?
Há uma expansão generalizada das vendas em todas as regiões de Minas e a empresa conseguiu desenvolver um portifólio de produtos para atender o consumidor com diferentes perfis de renda. Isso nos permite crescer em todos os níveis socioeconômicos. Essa nova fábrica será, sem dúvida, a mais moderna, em todos os aspectos, desde a parte produtiva, especificamente, até os aspectos ambiental e de sustentabilidade.
Esse quadro não tende a mudar, tendo em vista as projeções de crescimento econômico mais lento do país e a volta da inflação?
Nós entendemos que nos próximos anos ainda haverá espaço para um crescimento bastante saudável do Brasil. Não saberia adiantar taxas, mas, sem dúvida, a Copa do Mundo vai ajudar a movimentar o nosso mercado. Vamos continuar investindo plenamente no país e cada vez mais a gente aposta nesse crescimento. Os números são muito favoráveis (a empresa mantém sigilo sobre eles), embora do ponto de vista da inflação a empresa seja impactada tanto quanto as outras. E nisso o investimento alto que fazemos para melhorar a eficiência das fábricas nos permite continuar crescendo.
Esse crescimento do consumo em Minas reflete o mesmo comportamento do mercado brasileiro ou há diferenças que definiram a construção da fábrica?
Como o portfólio de produtos é bem amplo, então, isso nos permite atender grupos de consumidores com características muito distintas, inclusive com embalagens retornáveis, e em qualquer lugar. Em Minas, não é diferente. O estado conta com áreas extremamente urbanizadas e as mais dispersas. Sem dúvida, em todo o Brasil a nova classe média (classes C, D e E) talvez seja a nossa grande alavanca e a do país como um todo. A partir do momento em que você tem o produto certo para aquele consumidor, consegue atender à demanda e com isso capturar esse movimento de crescimento.
O que significa ter em Minas uma fábrica mais ecológica?
Eu posso dar um bom exemplo, o da água que será usada no processo industrial, inclusive a captação de água pluvial, em meio a toda a parte de eficiência operacional. A fábrica de Jundiaí (SP) apresenta, hoje, o nosso melhor índice de uso de água e reciclagem desse recurso. A unidade mineira terá um desempenho bem melhor. Estamos buscando o que existe de melhor em termos de equipamentos. A nova fábrica será top de linha no sistema mundial de produção da marca Coca-Cola.
A tecnologia envolve uma fábrica mais robotizada? Como será o processo de transferência da produção da unidade atual, localizada no Anel Rodoviário?
É importante destacar que, independentemente dessa tecnologia empregada, nós teremos um acréscimo de mão de obra em Minas (são 3.600 empregos mantidos pela empresa na produção, em vendas e na rede de distribuição). Só a fábrica de BH emprega 800 pessoas. Durante um bom período, as duas plantas vão continuar operando em paralelo, ou seja, essa migração da fábrica do Anel Rodoviário para o centro logístico será gradativa e, sem dúvida nenhuma, com o aproveitamento de todos os colaboradores. A empresa sempre investiu em formação e capacitação de trabalhadores, não importando se a planta é nova ou não. Isso é uma diretriz da companhia e esse foco na mão de obra já existe e vai continuar existindo. É parte integrante do projeto dar preferência a essa mão de obra.