A União Europeia (UE) deve indicar um candidato para dirigir o Fundo Monetário Internacional (FMI) caso o atual diretor-gerente do organismo, Dominique Strauss-Kahn, renuncie, afirmou hoje o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, segundo sua porta-voz. Ela afirmou que Barroso disse à TV holandesa que ele não vai fazer especulações, mas que se um sucessor for necessário a UE deve apresentar um candidato.
Embora alguns governos europeus tenham cogitado a possibilidade de um economista de fora da Europa ser escolhido para dirigir o FMI, várias autoridades europeias declararam nas últimas 24 horas que não deve haver alteração nas práticas de escolha da liderança do organismo. A chanceler alemã Angela Merkel disse aos jornalistas hoje que há boas razões para a escolha de um candidato europeu, tendo em vista a atual crise na região.
"Acho que no médio prazo países em desenvolvimento têm o direito de indicar candidatos para o maior cargo do FMI e do Banco Mundial. Acho que na atual situação, quando temos uma série de discussões sobre o euro, a Europa tem bons candidatos a oferecer", afirmou Merkel.
O ministro de Finanças da Bélgica, Didier Reynders, também disse aos jornalistas hoje que o atual equilíbrio entre Estados Unidos e União Europeia na liderança do Banco Mundial e do FMI deve ser mantido.