Brasil, China e Índia devem ser os maiores responsáveis pelo incremento do turismo internacional nas próximas duas décadas, dizem líderes das indústrias de turismo mundiais.
Segundo eles, a tendência de aumento do número de turistas vindos destes países é certa e por isso os países que esperam lucrar com este aumento de demanda devem investir em infraestrutura.
Após os ataques de 11 de setembro de 2011, os Estados Unidos intensificaram o rigor das exigências para a aprovação dos vistos de entrada no país, o que resultou em um longo tempo de espera para os turistas e em queixas da indústria de turismo local.
"Brasileiros e chineses podem levar até 120 dias para ter seu visto aprovado", reclama Roger Dow, da Associação de Viagens dos Estados Unidos (USTA, na sigla em inglês).
"A economia brasileira está crescendo e as pessoas querem gastar dinheiro", disse Dow. Com uma expectativa de 2 bilhões de novos consumidores de classe média viajando nas próximas duas décadas, a indústria de viagens mundial projeta um potencial de ouro pela frente.
"O número de viajantes chineses que vão para o exterior bateu à casa dos 58 milhões no ano passado, num crescimento anual de 20%", disse David Scowsill, CEO do Conselho Mundial de Turismo e Viagem.
O impacto desta onda que está por vir é o principal tópico de um encontro de três dias entre agentes de viagens e turismo que acontece em Las Vegas, com início nesta terça-feira, trazendo CEOs das maiores companhias de turismo mundiais.
Os Estados Unidos enviaram a secretária de assuntos de segurança nacional, Janet Napolitano, o secretário de trasportes, Ray LaHood, além de Valerie Jarret, conselheiro do presidente Barack Obama. O presidente do México, Fernando Claderon, é o participante de honra.