Em meio às negociações para a concessão de aeroportos à iniciativa privada e para a abertura do capital da Infraero, mudança de critério adotada pela estatal que administra os aeroportos do País “melhora” a avaliação do desempenho dos terminais de passageiros - apontados como a área mais crítica da infraestrutura aeroportuária. De acordo com a nova metodologia adotada pela Infraero, apenas 3 dos aeroportos das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 são classificados na situação de saturação crítica, operando no momento acima de 86% de sua capacidade.
Os aeroportos têm capacidade para acolher entre 1,9 milhão de passageiros por ano, caso de Vitória, e 29,2 milhões de passageiros, caso do Galeão, no Rio de Janeiro. Ainda encontram-se em situação crítica os aeroportos de Brasília, Guarulhos (São Paulo) e Cuiabá, segundo a nova metodologia. Nas três cidades, a Infraero planeja a construção de módulos operacionais, que são terminais provisórios.
Também haverá desses módulos operacionais em Campinas, onde o aeroporto de Viracopos deixou a situação de saturação crítica para saturação com atenção, classificação para a qual é usada a cor amarelo nas planilhas da Infraero.
Módulos
Os módulos operacionais têm custo estimado entre R$ 2,6 milhões e R$ 32,5 milhões, dependendo da cidade. Projeto em discussão na recém-criada Secretaria
A mudança de critérios de avaliação dos terminais de passageiros levou em conta o uso das instalações em mais horas do dia, além da adoção de novas tecnologias pelas companhias aéreas, como o check-in pela internet e terminais de autoatendimento, informou a Infraero. A nova metodologia teria como base a “revisão das pesquisas dos manuais” de órgãos reguladores e operadores internacionais. De acordo com a nova classificação, os aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Manaus e Recife passaram a operar seus terminais de passageiros dentro do limite adequado de saturação.
Os aeroportos de Fortaleza, Curitiba, Campinas e Belo Horizonte também foram reclassificados de saturação crítica para saturação de atenção. A mudança de critérios teve reflexos na avaliação do desempenho, sobretudo do embarque e desembarque de passageiros em Porto Alegre. A Secretaria de Aviação Civil insiste em que não haverá problemas com os aeroportos na Copa do Mundo.