A ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, afirmou nesta quinta-feira que, quem quer que seja, o sucessor de Dominique Strauss-Kahn no Fundo Monetário Internacional (FMI) precisará ter o suporte dos acionistas europeus do fundo. "Qualquer candidatura precisará ter suporte europeu", disse Lagarde. A ministra acrescentou que qualquer candidatura "terá que emanar dos europeus, que terão que se unir". Lagarde, que tem sido apontada como a possível sucessora de Strauss-Kahn, se recusou a dizer se é ou não uma candidata ao cargo.
Tradicionalmente, um europeu lidera o FMI e um americano lidera do Banco Mundial, desde que as instituições foram criadas após a Segunda Guerra Mundial. Quatro dos dez diretores-gerentes do FMI eram franceses, incluindo Strauss-Kahn. Atualmente, as lideranças da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do Banco Central Europeu (BCE) também são ocupadas por franceses.
O FMI afirmou que vai comunicar no futuro próximo como será o processo para escolha de um novo diretor-gerente. Por enquanto, o número dois do fundo, John Lipsky, ficará no comando. Lipsky afirmou que vai renunciar no fim de seu mandato, em 31 de agosto. Em carta endereçada ao conselho diretor do FMI, Strauss-Kahn renunciou ao cargo de diretor-gerente na madrugada de hoje, depois de ser acusado em Nova York de agressão sexual.