A rede bancária de todo o país começa a operar a compensação de cheques por meio de imagem digitalizada amanhã, em atendimento à determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN). Aprovada pelo CMN no mês passado e regulamentada pelo Banco Central na última segunda-feira, a medida estabelece prazo de 60 dias para a adequação das agências bancárias de cidades mais distantes e sem infraestrutura informatizada.
A Federação Nacional dos Bancos (Febraban) emitiu comunicado hoje a todas as instituições financeiras lembrando a entrada em vigor do novo sistema de compensação, que está em teste desde julho do ano passado.
De acordo com a entidade, a compensação digital vai permitir o desbloqueio do cheque em, no máximo, dois dias, em qualquer lugar do país, ao passo que a compensação física, como é hoje, pode levar até 20 dias nas regiões mais distantes.
Segundo a Febraban, o uso da tecnologia vai reduzir significativamente os casos de clonagem e de roubos de cheques, crimes que, em 2010, causaram prejuízos de R$ 1,2 bilhão para o comércio e de R$ 283 milhões para os bancos. Além disso, a entidade estima que a compensação digitalizada proporcionará economia anual de R$ 100 milhões para as instituições financeiras, porque eliminará as rotas terrestres e aéreas de transporte de cheques.
Ainda não há um cálculo definido sobre os custos de implantação do sistema já que cada banco escolheu seu fornecedor e modelo de operação, que pode ser digitalização na própria agência ou centralizada em outro espaço. Nem mesmo o Banco do Brasil, que é o banco centralizador das compensações, tem como definir os gastos, porque a rede privada de telecomunicações com as outras instituições está em atualização permanente.
Os prazos de compensação diminuem para apenas um dia, nos casos de cheques acima de R$ 300, e de dois dias para cheques de menor valor.