Os preços do petróleo registraram forte queda esta quinta-feira, em Nova York, após a divulgação de indicadores econômicos decepcionantes nos Estados Unidos, um dia depois de o barril terminar com aumento de mais de US$ 3, acima dos US$ 100.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em junho fechou a 98,44 dólares, em queda de US$ 1,66 dólar com relação à cotação da véspera.
Em Londres, no IntercontinentalExchange, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em julho caiu 88 centavos, a 111,42 dólares. Os preços, que haviam fechado na terça-feira em seu nível mais baixo desde o fim de fevereiro, subiram esta quarta-feira mais de três dólares no Nymex.
"Os preços do petróleo não puderam aumentar. Houve boas cifras sobre reservas (de petróleo nos Estados Unidos), mas (nesta quinta-feira) o mercado perdeu boa parte de seus ganhos por causa de indicadores econômicos muito ruins", comentou Matt Smith, da Summit Energy.
"Os indicadores são, neste momento, muito modestos. Não é surpreendente, pois, assistir a um mercado petroleiro tão volátil", acrescentou. Os três indicadores divulgados na quinta-feira em Washington decepcionaram os investidores.
O índice de atividade da região da Filadélfia (leste dos EUA) caiu ao menor nível desde outubro. O índice composto de indicadores econômicos americanos caiu pela primeira vez em quase um ano. E as vendas de casas usadas diminuíram mais que o previsto em abril.
Horas antes da publicação destes dados, a Agência Internacional de Energia (AIE) pediu para aumentar rapidamente a oferta dos países produtores, em vista "dos crescentes sinais" que indicavam que "a alta dos preços do petróleo desde setembro afeta a recuperação".
"A grande pergunta dos corretores é se este aumento (da quarta-feira) era justificado. Embora as notícias fossem positivas, uma alta de três dólares parece um pouco exagerada", acrescentou Phil Flynn, da PFG Best.