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Estado de Minas

OCDE pede redução de barreiras e maior produtividade de alimentos


postado em 24/05/2011 18:33

A solução para a atual crise dos alimentos no globo e para a volatilidade dos preços passa pela supressão de barreiras e subsídios à exportação de alimentos e matérias-primas e por investimentos para melhorar a produtividade, afirmou um relatório da OCDE divulgado nesta terça-feira em Paris, durante cerimônia de comemoração dos 50 anos da entidade. O relatório, intitulado "Volatilidade dos Preços nos Mercados de Alimentos e Produtos Agrícolas", foi elaborado por dez organizações internacionais do G-20 e coordenado pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo Ken Ash, diretor para Comércio e Agricultura da OCDE, como não é possível evitar outra "tempestade", como a que levou à alta dos preços dos alimentos e à consequente crise mundial, é preciso que se abra mais os mercados de alimentos e de matérias-primas agrícolas. "Um fator chave para a solução a longo prazo é o maior investimento para aumentar a produtividade, a sustentabilidade e a resistência da agricultura, em particular nos países em desenvolvimento", disse. A OCDE alertou que os fatores que têm contribuido para a escalada de preços dos alimentos - aumento da população, mais consumidores em países emergentes, produção de biocombustíveis, altos preços do petróleo, entre outros - vão persistir no futuro. Também é necessário, diz o relatório, ampliar as oportunidades de empregos das pessoas que trabalham na agricultira de subsistência nos países em desenvolviment, que representam cerca da metade da população de países emergentes, diz a OCDE. "Parte da pobreza dos agricultores é decorrente do fato de que há muitas pessoas trabalhando neste setor", disse o especialitsa Paul Collier, em uma coletiva de imprensa com Ash. Para os países pobres importadores de alimentos, os altos preços podem acarretar mais inflação e aumento dos déficits nas balanças comerciais e também piorar a situação das populações. "Os que mais sofrem são os 925 milhões de pobres, em sua maioria urbanos, que não têm dinheiro para alimentar adequadamente suas famílias", disse Collier. Para ele, é necessário também criar programas de assistência para estas famílias, facilitar a ajuda financeira e melhorar a capacidade para importações de alimentos pelos países em desenvolvimento, assim como criar instrumentos para avaliar os riscos de mercado.


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