A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, anunciou oficialmente nesta quarta-feira sua candidatura ao cargo de diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), em substituição ao compatriota Dominique Strauss-Kahn.
"Resolvi apresentar minha candidatura" ao posto, disse a ministra à imprensa, indicando ter tomado esta decisão "após uma reflexão madura". "Tomo esta decisão após uma longa reflexão e com a concordância do presidente da República e do primeiro-ministro, que me apóiam totalmente neste processo", indicou Lagarde, referindo-se a Nicolas Sarkozy e François Fillon.
Além disso, destacou, sua intenção é "colher o mais amplo consenso" em torno da candidatura. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, anunciou nesta quarta que apoia "plenamente" a candidatura de Lagarde.
"Apóio plenamente a candidatura de Christine Lagarde ao posto de diretor gerente do Fundo Monetário Internacional", declarou Barroso em um comunicado, divulgado pouco após o anúncio da ministra.
Barroso destacou que Lagarde conta com o respeito da comunidade internacional, num momento em que a Europa tenta chegar a um consenso em torno de um candidato para substituir Strauss-Kahn, que renunciou ao cargo no FMI em meio a um escândalo sexual.
Segundo Barroso, a Comissão Europeia "acredita que as qualidades de Lagarde, assim como seu compromisso com o fortalecimento da governança econômica global, são indispensáveis para cumprir a missão do FMI e sua contribuição vital para a estabilidade da economia internacional".
Lista de candidatos
Continua a especulação sobre os nomes para suceder Dominique Strauss-Kahn no cargo de diretor-geral do Fundo Monetário Internaciomal (FMI). A seguir, uma lista com um breve perfil dos principais candidatos:
- Christine Lagarde, 55 anos, ministra francesa da Economia
Uma fonte da União Europeia a dá como "quase eleita" pelos 27 membros do bloco. Muito estimada no G20 e na zona do euro, é conhecida como hábil e competente. A China também a apóia. No entanto, está no centro de uma controvérsia na França por sua gestão da indenização do ex-empresário Bernand Tapie no caso da venda da Adidas pelo Crédit Lyonnais, em 1993.
- Didier Reynders, 52 anos, ministro belga das Finanças
Reynders se mostrou interessado no cargo, o que enfraqueceu a frente europeia, e destacou sua experiência como ministro das Finanças, pasta que ocupa desde 1999. Também ocupa um cargo "há doze anos" no Comitê Monetário e Financeiro Internacional, encarregado de assessorar a direção do FMI. Reynders se apresenta como alternativa, se a colega francesa for impedida por problemas judiciais em seu país.
- Trevor Manuel, 55 anos, ex-ministro das Finanças sul-africano
Este homem, que assumiu muito jovem responsabilidades sob a presidência de Nelson Mandela, pode ser apresentado por seu país como representante de todo um continente. Mas deverá reativar seus contatos, perdidos desde que deixou o cargo, em maio de 2009. Os países africanos não se pronunciaram desde que seu nome foi mencionado.
- Grigori Martchenko, 52 anos, presidente do Banco Central do Cazaquistão
O candidato apresentado pela Comunidade de Estados Independentes (CEI) tem o apoio de um membro do Conselho de Administração do FMI, o representante russo, e talvez de um segundo, o suíço René Weber, que representa o Cazaquistão e outras quatro repúblicas da Ásia Central. Não será fácil para ele obter apoio fora deste círculo, onde não é muito conhecido.
- Agustín Carstens, 52 anos, governador do Banco do México
Seu país já declarou oficialmente que é seu candidato. O México defende que o sucessor de Strauss-Kahn não necessariamente tem que ser europeu. Respeitado por Washington por sua gestão das finanças públicas na época em que foi ministro (2006-2009), Carstens tem grande experiência no FMI, pois foi seu número 3. "Conheço o Fundo de todos os ângulos possíveis", afirmou. Tem o inconveniente de que o México já dispõe do cargo de número um da OCDE, com Angel Gurria.
- Stanley Fischer, 67 anos, governador do Banco de Israel
Personificação do chamado Consenso de Washington, foi o primeiro diretor geral adjunto do FMI entre 1994 e 2001. Este cargo é tradicionalmente reservadao a um americano, nacionalidade que também possui. Esta condição é a que poderia lhe trazer problemas à medida que os Estados Unidos já controla, a presidência do Banco Mundial.
"Resolvi apresentar minha candidatura" ao posto, disse a ministra à imprensa, indicando ter tomado esta decisão "após uma reflexão madura". "Tomo esta decisão após uma longa reflexão e com a concordância do presidente da República e do primeiro-ministro, que me apóiam totalmente neste processo", indicou Lagarde, referindo-se a Nicolas Sarkozy e François Fillon.
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Além disso, destacou, sua intenção é "colher o mais amplo consenso" em torno da candidatura. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, anunciou nesta quarta que apoia "plenamente" a candidatura de Lagarde.
"Apóio plenamente a candidatura de Christine Lagarde ao posto de diretor gerente do Fundo Monetário Internacional", declarou Barroso em um comunicado, divulgado pouco após o anúncio da ministra.
Barroso destacou que Lagarde conta com o respeito da comunidade internacional, num momento em que a Europa tenta chegar a um consenso em torno de um candidato para substituir Strauss-Kahn, que renunciou ao cargo no FMI em meio a um escândalo sexual.
Segundo Barroso, a Comissão Europeia "acredita que as qualidades de Lagarde, assim como seu compromisso com o fortalecimento da governança econômica global, são indispensáveis para cumprir a missão do FMI e sua contribuição vital para a estabilidade da economia internacional".
Lista de candidatos
Continua a especulação sobre os nomes para suceder Dominique Strauss-Kahn no cargo de diretor-geral do Fundo Monetário Internaciomal (FMI). A seguir, uma lista com um breve perfil dos principais candidatos:
- Christine Lagarde, 55 anos, ministra francesa da Economia
Uma fonte da União Europeia a dá como "quase eleita" pelos 27 membros do bloco. Muito estimada no G20 e na zona do euro, é conhecida como hábil e competente. A China também a apóia. No entanto, está no centro de uma controvérsia na França por sua gestão da indenização do ex-empresário Bernand Tapie no caso da venda da Adidas pelo Crédit Lyonnais, em 1993.
- Didier Reynders, 52 anos, ministro belga das Finanças
Reynders se mostrou interessado no cargo, o que enfraqueceu a frente europeia, e destacou sua experiência como ministro das Finanças, pasta que ocupa desde 1999. Também ocupa um cargo "há doze anos" no Comitê Monetário e Financeiro Internacional, encarregado de assessorar a direção do FMI. Reynders se apresenta como alternativa, se a colega francesa for impedida por problemas judiciais em seu país.
- Trevor Manuel, 55 anos, ex-ministro das Finanças sul-africano
Este homem, que assumiu muito jovem responsabilidades sob a presidência de Nelson Mandela, pode ser apresentado por seu país como representante de todo um continente. Mas deverá reativar seus contatos, perdidos desde que deixou o cargo, em maio de 2009. Os países africanos não se pronunciaram desde que seu nome foi mencionado.
- Grigori Martchenko, 52 anos, presidente do Banco Central do Cazaquistão
O candidato apresentado pela Comunidade de Estados Independentes (CEI) tem o apoio de um membro do Conselho de Administração do FMI, o representante russo, e talvez de um segundo, o suíço René Weber, que representa o Cazaquistão e outras quatro repúblicas da Ásia Central. Não será fácil para ele obter apoio fora deste círculo, onde não é muito conhecido.
- Agustín Carstens, 52 anos, governador do Banco do México
Seu país já declarou oficialmente que é seu candidato. O México defende que o sucessor de Strauss-Kahn não necessariamente tem que ser europeu. Respeitado por Washington por sua gestão das finanças públicas na época em que foi ministro (2006-2009), Carstens tem grande experiência no FMI, pois foi seu número 3. "Conheço o Fundo de todos os ângulos possíveis", afirmou. Tem o inconveniente de que o México já dispõe do cargo de número um da OCDE, com Angel Gurria.
- Stanley Fischer, 67 anos, governador do Banco de Israel
Personificação do chamado Consenso de Washington, foi o primeiro diretor geral adjunto do FMI entre 1994 e 2001. Este cargo é tradicionalmente reservadao a um americano, nacionalidade que também possui. Esta condição é a que poderia lhe trazer problemas à medida que os Estados Unidos já controla, a presidência do Banco Mundial.