O preço do petróleo caiu nesta quinta-feira em Nova York, depois de serem divulgados indicadores decepcionantes sobre o crescimento e o emprego nos Estados Unidos.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (denominação "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em julho fechou em 100,32 dólares, 1,09 dólar a menos que na quarta-feira. Em Londres, no Intercontinental Exchange, o barril de Brent do Mar do Norte, com o mesmo prazo de entrega, subiu apenas 12 centavos, a 115,05 dólares.
A queda dos preços "foi desatada devido aos indicadores ruins, e ao impacto do relatório sobre reservas americanas de quarta-feira, que era em geram mais negativo", explicou Matt Smith, da Summit Energy.
Durante a terceira semana de maio, subiu o número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho, o que representa um mau sinal para a demanda por energia.
Por outro lado, o Departamento de Comércio americano confirmou que o crescimento econômico desacelerou-se no primeiro trimestre de 2011, com um avanço de 1,8% em ritmo anualizado. Os analistas esperavam um aumento de 2%.
"Isso cortou o impulso do mercado. O barril caiu a menos de 100 dólares e voltou a aumentar apesar da evolução vacilante do euro" e do dólar, completou Matt Smith.
O euro perdeu uma parte de seus ganhos frente ao dólar durante o pregão, minimizando o apoio do mercado de câmbio ao mercado petroleiro. As perdas do preço do barril aceleraram-se pouco antes do fechamento do Nymex, apesar de uma nova recuperação da moeda europeia.
"A única coisa positiva foi o retrocesso dos estoques de produtos destilados", afirmou Matt Smith. No entanto, alguns viram ali elementos positivos para os preços.
"Frente aos refinadores, que tratam mais petróleo, o mercado antecipa um aumento da demanda para transformá-lo em produto", explicou Andy Lipow.