As empresas estaduais de energia elétrica poderão pegar mais R$ 84 milhões emprestados nos bancos para financiar projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira a ampliação do limite de crédito para o setor, de R$ 2,147 bilhões para R$ 2,231 bilhões, até 2015.
Os recursos extras financiarão investimentos em geração e transmissão de quatro empresas: Companhia Paranaense de Energia (Copel), Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), de São Paulo, e a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), do Rio Grande do Sul. Essas empresas têm projetos do PAC contratados e listados para este ano.
De acordo com o chefe da assessoria econômica do Tesouro Nacional, Mário Gouvêa, os limites de endividamento estavam quase extrapolados. De acordo com ele, se forem considerados não apenas os projetos com empréstimos contratados, mas também os pedidos em análise no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 2,13 bilhões estavam comprometidos nos próximos quatro anos.
“Estamos atendendo à evolução das demandas dos projetos do PAC e do PAC 2 e ampliamos os limites de crédito para o setor de energia”, disse Gouvêa. Para 2011, o limite de crédito aumentou de R$ 896 milhões para R$ 967 milhões. Desse total, R$ 397 milhões já foram liberados para financiar empreendimentos do PAC.
Entre as atribuições do CMN, está a autorização para que segmentos do setor público tenham acesso a crédito de instituições financeiras. No fim do ano passado, a Eletrobras havia sido excluída desse limite, mas as empresas estaduais de energia continuam submetidas a um teto nos empréstimos que podem contratar.