A modernização e a simplificação das regras para o mercado de câmbio no país são processos que devem ser feitos de maneira cautelosa, afirmou nesta segunda-feira o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Durante abertura de seminário sobre o câmbio manual e remessas de pequenos valores, na sede da autoridade monetária, ele destacou que o Brasil tem avançado nos últimos anos na regulação do mercado de câmbio, mas tem condições de avançar ainda mais, tendo em vista também a realização de grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.
“Os processos de modernização e simplificação das regras de câmbio no País têm se dado com segurança e com cautela”, afirmou Tombini. “Não se busca uma modernização a qualquer custo, mas se tenta equilibrar o processo com regras para aperfeiçoar a prevenção e o combate à lavagem de dinheiro”, completou.
Tombini destacou avanços recentes, como a unificação do mercado de câmbio em 2005 e o fim da obrigatoriedade da cobertura cambial nas importações e exportações em 2006. Sobre o câmbio manual, o presidente do BC lembrou que a utilização do real no exterior por turistas brasileiros tem apresentando incremento significativo, principalmente nos países vizinhos, enquanto os gastos de turistas estrangeiros no Brasil triplicaram na última década.