O mercado doméstico continuará sendo “primordial para a sustentabilidade do crescimento econômico brasileiro ao longo dos próximos anos”, avalia o relatório Economia Brasileira em Perspectiva, relativo ao primeiro bimestre deste ano e disponível no site do Ministério da Fazenda.
Técnicos do Ministério da Fazenda avaliam que a consolidação dos investimentos e a força do mercado doméstico serão essenciais para a média de crescimento econômico em torno dos 5,1% nos próximos anos ante os 5,9% projetados anteriormente. Para 2011, a taxa de crescimento foi estimada em torno de 4,5% e não mais em 5% como constava no relatório de 2010. A estimativa é mais otimista que a do mercado financeiro que prevê um crescimento de 4% este ano.
De acordo com o documento, com a retirada dos estímulos utilizados para enfrentar a crise econômica, o mercado doméstico vai desacelerar. A previsão é que a absorção doméstica, que considera consumo e investimentos, registre aumento de 5,9% em 2011 ante os 6,4% estimados no último relatório.
Os técnicos lembram que após o crescimento recorde de 2010, foram necessárias medidas para equilibrar a economia, com ajuste na taxa de juros e na meta fiscal, de modo a permitir uma expansão mais moderada, sem o descompasso entre a oferta e a demanda.
“Essa desaceleração será fruto de medidas fiscais e monetárias, com vistas à convergência da inflação para o centro da meta. Para 2011, o destaque será a ênfase nos investimentos, cujo crescimento, previsto em torno dos 10%, deverá contribuir para o crescimento de 1,9 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB)." A expectativa é que nos próximos dias sejam divulgados dados mais recentes referentes ao segundo bimestre de 2011.