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Estado de Minas

Maioria dos países têm pouca voz na escolha para o FMI


postado em 01/06/2011 15:10

O voto para o próximo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) não será feito por seus 187 países membros, mas apenas pelos 24 representantes que integram o conselho executivo do fundo. É por isso que, embora o Casaquistão tenha proposto o presidente do seu banco central, Grigory Marchenko, como candidato ao cargo que era de Dominique Strauss-Kahn, não poderá votar a favor dele. Em vez disso, a escolha será ligada ao candidato que a Suíça acreditar que deve assumir o posto.

Outro exemplo é a Espanha. O governo espanhol apoia a candidata europeia, a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde. No entanto, autoridades do país reconhecem que o voto espanhol provavelmente será dado ao mexicano Agustín Carstens. Isso porque o México lidera o grupo no FMI que inclui a Espanha e outros seis países da América Latina.

O Casaquistão, como a Polônia, a Sérvia e outros quatro vizinhos da Ásia Central, pertencem a um grupo representado no conselho executivo do FMI pela Suíça, que serve como diretor executivo do grupo.

A situação é similar para 87% dos 187 membros do fundo, que são representados em 23 outros grupos. O voto desses países será feito pelo representante de cada grupo e, individualmente, eles não terão voto.

O sistema permite que alguns países, por outro lado, tenham um peso excessivo na votação. Por exemplo, Lesoto, um país africano possui direito de voto no FMI como um país individual correspondente a apenas 0,04% do total, mas seu direito de voto como diretor de um grupo africano no fundo é de 3,23%. O Egito tem direito a voto individual de 0,41%, mas representa o grupo do Oriente Médio e tem 3,13% de participação na votação.

De todo modo, os países ricos possuem a maioria dos votos e os Estados Unidos, que têm peso de quase 17% na votação, serão decisivos na eleição. Se os EUA, como esperado, apoiarem a escolha da Europa, então Lagarde deverá ser a próxima diretora-geral do FMI.


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