Na audiência que teve hoje com o presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick, a presidente Dilma Rousseff comentou as grandes transformações na área internacional e defendeu maior participação dos países emergentes na instituição. Zoellick, por sua vez, lembrou que a necessidade do Brasil por empréstimos é cada vez menor, assim como é decrescente o volume de empréstimos contratados pelo País. As informações sobre a reunião foram relatadas pelo porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena Soares.
O presidente do Banco Mundial destacou que, atualmente, 80% dos empréstimos feitos pelo Banco Mundial ao Brasil são concedidos a Estados e municípios. Mesmo assim, disse que o Banco Mundial tem importante colaboração a dar ao País, principalmente em cooperação técnica. Zoellick falou também da capacidade do Bird em atuar em programas de avaliação de políticas públicas e intercâmbio.
Durante a reunião com Dilma, Zoellick se referiu também a conversas que manteve no G-8 com os chanceleres da Tunísia e do Egito, quando comentou que o programa Bolsa Família deveria ser adotado pelos países do norte da África, aproveitando o processo de redemocratização na região.
Em relação às commodities, a presidente Dilma disse que a utilização de todo o potencial agrícola da África é uma atitude mais eficiente do que adotar políticas de controle de preços para os alimentos. Ela afirmou que o Brasil está disposto a ajudar nesse esforço e sugeriu que o modelo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) seja utilizado nos países africanos.
A reunião entre Dilma e Zoellick ocorreu na manhã de hoje no Palácio do Planalto, um pouco antes da apresentação do "Plano de Superação da Extrema Pobreza - Brasil sem Miséria". Depois da reunião, o presidente do Bird acompanhou a cerimônia de lançamento do plano.