A secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães, disse nesta quinta-feira, no 58º Fórum Habitacional de Interesse Social, que as contratações da segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida devem ser iniciadas assim que a medida provisória que instituiu as mudanças no programa for sancionada.
De acordo com Inês, a segunda etapa prevê aplicações de R$ 71,7 bilhões na contratação de 2 milhões de novas unidades habitacionais até o final de 2014. Uma das mudanças no programa é a meta de atender à população de mais baixa renda. Com isso, um dos requisitos é que a família tenha renda até R$ 1.395. Serão oferecidas 1,2 milhão de casas nessa fase. Até dezembro, quando se encerrou a primeira fase do programa, foram atendidas famílias com renda até dez salários mínimos ou R$ 5,1 mil.
O teto salarial para os que podem candidatar-se a participar do programa, agora, é R$ 4.650, já que o salário mínimo de referência aprovado pelos parlamentares foi o da época de lançamento do programa, em março de 2009, que era R$ 465. Por isso, o teto foi reduzido para R$ 4.650.
A secretária destacou que aqueles que têm renda próxima do teto não deixarão de ser atendidos, mas que as famílias de baixa renda são prioridade. “A prioridade será para os que ganham menos e têm mais necessidade do atendimento das políticas públicas habitacionais”, enfatizou.
Inês Magalhães disse que é importante criar um cadastro de beneficiários de baixa renda, cujos financiamentos são subsidiados, de modo a evitar que alguém seja duplamente beneficiado. Ela lembrou, ainda, sobre as regras do programa que impedem a venda dos imóveis antes de serem quitados. O objetivo, segundo ela, é evitar a venda prematura das novas habitações.