A demanda dos consumidores brasileiros por crédito tem crescido menos neste ano do que no ano passado. Entretanto, a queda no ritmo de crescimento é pequena, o que pode causar novos aumentos na taxa básica de juros (Selic) nos próximos meses.
Isso é o que aponta o último relatório do Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, divulgado hoje (7) pela empresa de consultoria Serasa. De acordo com o indicador, a procura dos consumidores por crédito cresceu 12,3% no acumulado de janeiro a maio deste ano. No mesmo período do ano passado, havia crescido 12,4%, ou seja, 0,01 ponto percentual a mais.
“A lenta desaceleração da demanda do consumidor por crédito ainda deverá ocasionar elevações adicionais da taxa básica de juros [Selic], por parte do Banco Central”, informou a Serasa, em comunicado. “Isso deve ocorrer no intuito de se prosseguir no controle da demanda agregada, visando a contribuir para a convergência da trajetória da inflação corrente à sua meta.”
A demanda por crédito dos consumidores de baixa renda é a que mais cresce no país, segundo a Serasa. Para aqueles que ganham até R$ 500 por mês, a procura cresceu 37,1% nos primeiros cinco meses do ano na comparação com o mesmo período do ano passado.
Entre as regiões do país, a demanda por crédito cresce mais na Nordeste. De janeiro a maio, a alta foi de 16,2% na comparação com período equivalente do ano passado.
O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito é construído a partir do número de consultas à situação cadastral de consumidores feitas ao banco de dados da empresa. As consultas são transformadas em um índice, que aponta o crescimento ou a redução da procura por crédito por consumidores do país.