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Estado de Minas

Ipea: apesar de redução, famílias continuam otimistas com economia do país


postado em 09/06/2011 13:59

As famílias brasileiras continuam otimistas em relação à situação econômica do país, informou nesta quinta-feira o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). O Índice de Expectativa das Famílias passou de 63,8 pontos, em abril, para 62,9 pontos, em maio. Como o valor está entre 60 e 80 pontos, é considerado um indicador de otimismo.

Na comparação com janeiro deste ano, a diminuição do indicador de expectativa foi um pouco maior, de 4,3 pontos. Em janeiro, o dado apurado foi de 67,2 pontos. O Índice de Expectativa das Famílias começou a ser calculado pelo Ipea em agosto de 2010. A pesquisa é feita por amostragem em 3,8 mil domicílios, em 200 municípios do país.

De acordo com o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, 56,19% das famílias estarão otimistas em relação à melhora da situação econômica do Brasil nos próximos 12 meses. Porém, a proporção de famílias que prevê piora no quadro econômico aumentou cerca de 90% em relação a janeiro, alcançando 33,4% das 3,8 mil famílias pesquisadas em 214 municípios.

Segundo a pesquisa, as regiões que apresentam expectativas mais otimistas em relação à situação econômica brasieira nos próximos 12 mese são a Centro-Oeste, onde 74,7% da população se disse otimista, seguido do Norte, com 64,3%, enquanto Nordeste e Sul apresentaram os maiores índices de expectativas pessimistas.



A pesquisa também destacou a queda de 13% na percepção sobre o momento atual para comprar bens de consumo duráveis nos cinco primeiros meses do ano. Em janeiro, 58,2% das famílias viam o presente como bom momento para compras.

Em maio, essa proporção foi de 50,3%. Em relação ao endividamento, houve aumento do porcentual de famílias sem dívidas, que atingiu 51,6% em maio. Entre os endividados, porém, aumentou muito a proporção das famílias que responderam que não terão condições de pagar. Subiu de 32,2%, em janeiro, para 41,3% em maio, o maior patamar da série, iniciada em agosto de 2010.

"Do ponto de vista do crédito, há espaço para políticas públicas de maior acesso ao crédito. Por outro lado, há uma elevação dos que têm dificuldades para pagar as dívidas. Isso indica que haverá uma acomodação e as instituições financeiras deverão reavaliar a concessão de crédito", disse Pochmann em entrevista coletiva.

Para o presidente do Ipea, os dados da pesquisa confirmam a tendência de desaceleração do consumo, reflexo das medidas macroprudenciais do governo. Por outro lado, destacou que a pesquisa do Ipea ainda mostra otimismo das famílias no longo prazo e no mercado de trabalho, tendo em vista que 76,4% dos responsáveis pelos domicílios declararam-se seguros em relação à manutenção do atual emprego.

Educação e renda

O maior grau de confiança na melhora econômica do país ocorreu, em maio, entre as famílias com rendimento entre quatro e cinco salários mínimos, bem como entre aquelas com ensino superior completo.

Entrretando, os analistas do Ipea concluíram que mesmo com a diferença de renda e escolaridade, o otimismo sobre o futuro do Brasil é uma característica geral.

Situação financeira

Em maio, 74% das famílias brasileiras pesquisadas indicaram estar melhor financeiramente hoje do que um ano atrás, percentual praticamente idêntico ao apresentado no mês anterior. Entretanto, a pesquisa registrou que houve aumento de 22,6% para 23,1% na proporção de famílias que acreditam terem piorado financeiramente.

O Norte é a região do país com maior otimismo em relação a situação financeira nos próximos 12 meses, com 95,7% dos entrevistados. Porém, conforme o levantamento, esta também é a região que menos otimista sobre a situação do Brasil nos próximos cinco anos.


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