Os preços do barril de petróleo subiram nesta quinta-feira pela segunda sessão consecutiva em Nova York e em Londres, com os investidores ampliando seus temores de oscilações nos preços da commoditie em um mercado que continua digerindo a decisão da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) de manter suas cotas de produção no mesmo patamar.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude") negociado nos EUA para entrega em julho fechou cotado a 101,93 dólares, em alta de 1,19 dólar em relação à quarta-feira. No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento ganhou 1,72 dólar, a 119,57 dólares.
Segundo especialistas, a valorização da commoditie é consequência das incertezas causadas pela Opep e sua incapacidade de atingir um consenso sobre o aumento de suas cotas de produção.
Com a decisão, as dúvidas do mercado se multiplicaram sobre a atitude que adotará a Arábia Saudita, principal produtor mundial, que era favorável ao aumento da produção. Entre os opositores do aumento estavam Venezuela, Irã, Argélia, Iraque e Angola.
Segundo Tom Bentz, do BNP Paribas, "a única razão para a alta dos preços é que os investidores esperavam demais. A realidade é que os sauditas farão o que querem e injetarão mais petróleo no mercado", disse. A atenção dada à Opep pelo mercado anulou outras notícias que teriam incentivado a queda do petróleo num dia comum, como a alta do dólar nesta sessão. A moeda americana foi influenciada pelo recuo do euro, que foi afetado pelas incertezas em relação ao processo de socorro à economia grega e pela revisão das expectativas de inflação para o ano que vem por parte do Banco Central europeu.