Os indicadores da indústria mineira, divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), mostram sinais de acomodação da atividade e preocupam o setor. “O país vive um cenário em que o consumo é maior do que a produção”, destaca Lincoln Fernandes, presidente do Conselho de Política Econômica da Fiemg. Na comparação com março, os indicadores de abril mostram crescimento de 3,27% no faturamento real e 2,60% nas horas trabalhadas e queda de 0,26% no nível de emprego, considerando os dados dessazonalizados. Os números surgem um dia após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrar queda de 1,1% na produção industrial mineira, enquanto em todo o país a queda foi de 2,1%, comparando abril com março.
Fenrnades destaca que o faturamento da indústria ainda não alcançou o patamar anterior à crise, em 2008. Porém, os outros indicadores, como produtividade, emprego e massa salarial conseguiram a recuperação. Em abril, o maior destaque que contribuiu para o faturamento foi o setor de produtos de metal, com crescimento de 99,75%. O motivo é que as empresas fecharam contratos com grande duração, o que influenciou o indicador. De acordo com análise da Fiemg, essa variação é considerada normal, pois o setor trabalha com contratos de alto valor agregado, com contratos de médio e longo prazos. Considerando os últimos 12 meses, a elevação do faturamento de toda a indústria foi de 9,73%.
Os setores que tiveram maior expansão nas horas trabalhadas foram o de veículos automotores (4,85%) e produtos químicos (2,58%). A massa salarial real teve diminuição de 7% em abril, quando comparada a março. Segundo Fernandes, o motivo é o fim dos pagamentos das participações e lucros e de outro benefícios. O economista explica que o ideal é considerar o acumulado dos quatro primeiros meses, que apresenta uma alta de 9,74% em relação ao mesmo período do ano passado.
Perspectiva
A previsão da Fiemg é que Produto Interno Bruto (PIB) do país cresça 4% neste ano, enquanto a produção industrial do estado avançará 4,9%, sendo que o mesmo indicador, considerando todo o país prevê alta de 3,7%.
Novo Nissa no Brasil
A Nissan não confirma oficialmente a chegada do sedã compacto Sunny no Brasil. Entretanto, a reportagem do Veículos flagrou unidades do modelo em testes na capital mineira. Os carros estavam somente com os faróis e lanternas camuflados (foto). O modelo será produzido na fábrica da Nissan no México e a rede de concessionários da marca estima sua chegada para o segundo semestre de 2012. Enquanto o modelo hatch, denominado March, estará à venda no mercado nacional em outubro. Saiba mais detalhes no Veículos de amanhã.