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Estado de Minas

Justiça francesa adia decisão sobre ministra Lagarde para 8 de julho


postado em 10/06/2011 08:02 / atualizado em 10/06/2011 09:47

Lagarde é acusada de abuso de poder em um escândalo financeiro que envolve o governo francês e o empresário Bernard Tapie(foto: AFP)
Lagarde é acusada de abuso de poder em um escândalo financeiro que envolve o governo francês e o empresário Bernard Tapie (foto: AFP)


A justiça francesa adiou para 8 de julho sua decisão sobre a abertura de uma investigação contra a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, candidata à direção do FMI, por suposto abuso de autoridade. A Corte de Justiça da República (CJR), instância que se ocupa das infrações cometidas por ministros em exercício, examinou nesta sexta o papel de Lagarde em um acordo arbitral que beneficiou financeiramente um empresário francês.

No próximo dia 8 de julho, a comissão de investigação poderá arquivar um caso, abrir um expediente ou pedir informações suplementares antes de pronunciar-se. A decisão deveria ter sido dada nesta sexta-feira, o mesmo dia em que vence o prazo - à noite - para a apresentação de candidaturas para o cargo de diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), que designará seu novo chefe antes de 30 de junho.

A 20 dias da escolha do novo comando do Fundo Monetário Internacional (FMI),  Lagarde é acusada de abuso de poder em um escândalo financeiro que envolve o governo francês e o empresário Bernard Tapie. Para Lagarde, a eventual abertura de processo é considerada “normal”.

Candidata à sucessão de Dominique Strauss-Kahn no comando do FMI, Lagarde negou que uma eventual abertura de processo atrapalhe sua candidatura. “O que pode acontecer é que a comissão encarregada de analisar esse tipo de processos considere demasiado complexo pedir uma investigação adicional. Isso faz parte do processo e não me preocupa nada”, disse Lagarde.

Lagarde recorreu a um tribunal arbitral, denominado na França de Justiça privada, e não à Corte tradicional para resolver a questão. Em 2008, o tribunal o qual ela recorreu determinou ao governo da França o pagamento de 200 milhões de euros ao empresário. Na ocasião, a interpretação foi que Lagarde cometeu “abuso de autoridade” ao administrar o assunto.

Paralelamente, um outro candidato à sucessão de Strauss-Kahn, o presidente do Banco Central do México, Agustin Carstens, faz campanha na China. Hoje ele desembarca em Pequim para defender sua candidatura. O mexicano se reúne com o presidente do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, e o ministro das Finanças do país, Xie Xuren.

A exemplo de Lagarde, Agustin Carstens também visitou a Índia antes da viagem à China. O candidato mexicano apelou aos países emergentes o apoio à candidatura. Segundo ele, recebeu apoio de vários países em desenvolvimento. O cargo de presidência do FMI ficou vago há duas semanas, depois que seu titular, o francês Dominique Strauss Kahn, se viu obrigado a renunciar depois de ser detido e indiciado por agressão sexual e tentativa de estupro de uma arrumadeira de um hotel nova-iorquino.


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